Especial

Custo de extração do petróleo triplicou em cinco anos

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta, na próxima terça-feira, 01/06, às 10 horas, na Avenida Presidente Antônio Carlos, 51, auditório do 10º andar, Centro, no Rio de Janeiro, o Comunicado do Ipea n° 55: Perspectivas de desenvolv

Redação
31/05/2010 18:18
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta, na próxima terça-feira, 01/06, às 10 horas, na Avenida Presidente Antônio Carlos, 51, auditório do 10º andar, Centro, no Rio de Janeiro, o Comunicado do Ipea n° 55: Perspectivas de desenvolvimento do setor petróleo e gás no Brasil. Parte da série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, o estudo analisa a interação entre os principais fatores determinantes das estratégias empresariais e das diretrizes de política energética da indústria nacional e mundial de petróleo e de gás natural.

  Os pesquisadores verificaram que, no caso brasileiro, houve claramente um aumento dos custos de extração, sem considerar as participações governamentais. Tais custos triplicaram em cinco anos – os valores do terceiro trimestre variaram de 3,42 US$/barril em 2003 para 10,42 US$/barril em 2008. Este fato reflete não somente um cenário de escassez mundial de equipamentos e serviços, como também a expansão da fronteira petrolífera em direção a áreas mais inóspitas, leia-se, no caso brasileiro, a exploração offshore em profundidades cada vez maiores.

  Para dar conta dos custos elevados, será necessário um imenso esforço de inovações tecnológicas, para maximizar o petróleo e o gás natural a serem produzidos. Igual ênfase precisará ser dada aos aspectos institucionais, políticos e regulatórios. Afinal, a fronteira de exploração e de produção do pré-sal estabelece uma mudança radical nas condições de contorno da indústria brasileira do petróleo, com fortes repercussões sobre a estrutura de arrecadação e aplicação de participações governamentais.

 

  As descobertas recentes do pré-sal irão demandar a reorientação das diretrizes de política energética no Brasil. Entretanto, se houver esgotamento precoce das reservas pode ocorrer a perda de competitividade e/ou atrofia dos demais setores econômicos (“doença holandesa” ou “maldição do petróleo”).

 

  Os dados serão apresentados pelo diretor de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Ipea, Marcio Wohlers; a diretora de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Liana Carleial; o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos; o coordenador de Desenvolvimento Urbano do Ipea, Bolívar Pêgo;  o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Helder Queiroz, e o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Fabiano Pompermayer.

 

  Série

O Comunicado faz parte de um conjunto amplo de estudos sobre o que tem sido chamado, dentro da instituição, de Eixos do Desenvolvimento Nacional: Inserção internacional soberana; Macroeconomia para o pleno emprego; Fortalecimento do Estado, das instituições e da Democracia; Infraestrutura e logística de base; Estrutura produtivo-tecnológica avançada e regionalmente articulada; Proteção social e geração de oportunidades; e Sustentabilidade ambiental.

  A série nasceu de um grande projeto denominado Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, que busca servir como plataforma de sistematização e reflexão sobre os desafios e as oportunidades do desenvolvimento nacional, de forma a fornecer ao Brasil o conhecimento crítico necessário à tomada de posição frente aos desafios da contemporaneidade mundial.

 

  Os documentos sobre os eixos do desenvolvimento trazem um diagnóstico de cada campo temático, com uma análise das transformações dos setores específicos e de suas conseqüências para o País; a identificação das interfaces das políticas públicas com as questões diagnosticadas; e a apresentação das perspectivas que o setor deve enfrentar nos próximos anos, indicando diretrizes para (re)organizar a orientação e a ação governamental federal.   Comunicados

  A coleção terá 10 livros, com cerca de nove mil páginas, cujos capítulos originaram os comunicados desta série, sobre ferrovias, setor elétrico, transporte aéreo, rodovias, biocombustíveis, telecomunicações e petróleo/ gás e experiências latino-americanas.  

Estiveram envolvidas no esforço de produção dos textos cerca 230 pessoas, 113 do próprio Ipea e outras pertencentes a mais de 50 diferentes instituições, entre universidades, centros de pesquisa e órgãos de governo, entre outras.  

O livro no qual o comunicado se insere trata de infraestrutura econômica, cuja função é dar apoio às atividades do setor produtivo e terá cerca de 700 páginas. A melhoria da infraestrutura econômica tem impacto direto sobre as empresas e indústrias e pode ampliar a capacidade produtiva por meio de custos, tecnologias e capacidade de distribuição.

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