Previsão

Economia brasileira crescerá 2,6% em 2018, puxada pela expansão de 3% da indústria, divulga CNI

Redação/Agência CNI de Notícias
14/12/2017 20:06
Visualizações: 915

A economia brasileira crescerá 1,1% e a indústria terá uma expansão de 0,2% neste ano. A expectativa, no entanto, é que 2018 será um pouco melhor. No ano que vem, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará 2,6% e o PIB Industrial, 3%. Essas estimativas estão na edição especial do Informe Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A economia brasileira saiu da recessão mais profunda da sua história", conclui o estudo da CNI.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta, entretanto, que a aceleração e a sustentação do crescimento dependem da volta dos investimentos. "É fundamental criar as condições para a reativação do investimento privado, o que exige o aprofundamento das reformas estruturais voltadas para a melhoria do ambiente de negócios e para a competitividade das empresas", afirma Robson Andrade, destacando como imprescindíveis as reformas tributária e da Previdência. "O futuro do Brasil depende da reforma da Previdência", ressalta.

Conforme o Informe Conjuntural da CNI, o investimento fechará 2017 com retração de 2,1% - a quarta queda anual consecutiva. Para 2018, a previsão é que os investimentos aumentem 4%. Já o consumo das famílias crescerá 1,3% neste ano, impulsionado, especialmente, pela forte queda da inflação, que preservou a renda dos trabalhadores. Em 2018, a previsão é que o consumo tenha uma expansão de 2,8%. "O consumo deve ser o objetivo final da sociedade, como resultado do aumento da produtividade e da competitividade da economia; não deve ser entendido como alavanca principal do crescimento. Esse foi o grande equívoco dos primeiros anos desta década", avalia a CNI.

Crescimento moderado

O Informe Conjuntural da CNI estima que, no curto prazo, o ritmo de crescimento da economia será moderado. Haverá uma melhora gradual do emprego e o aumento da renda em um cenário de inflação baixa e juros reduzidos. "Crescer mais e para além de 2018 exigirá esforço adicional na agenda de modernização e competitividade", diz o estudo.

No médio e no longo prazo, a economia será influenciada pelas eleições de 2018. "A consolidação da vitória de uma candidatura comprometida com a continuidade e aprofundamento das reformas deverá intensificar o processo de recuperação e pavimentar um novo ciclo de crescimento com base na expansão do investimento", destaca a CNI.

As estimativas para o próximo ano indicam que o mercado de trabalho deve seguir em recuperação e a taxa média anual de desemprego, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cairá para 11,8%. A inflação fechará o ano em 4,4%, abaixo do centro da meta de 4,5%. A taxa básica de juros chegará ao fim de 2018 em 6,75% ao ano. O saldo da balança comercial deve alcançar US$ 54 bilhões, com exportações de US$ 228 bilhões e importações de US$ 174 milhões.

Dez anos depois da crise global

O estudo também faz uma avaliação sobre o desempenho do Brasil depois da crise financeira que eclodiu com a falência do sistema de hipotecas subprime dos Estados Unidos, em julho de 2017. "O Brasil até saiu na frente na busca pela reabilitação econômica, mas lhe faltou combustível para sustentar o ritmo de aceleração", diz o Informe. “Com isso, o país acabou crescendo menos do que a média mundial.”

Conforme dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 2010 e 2016, passado o momento mais agudo da crise, o PIB mundial cresceu 3,8% ao ano em média. No mesmo período, os países desenvolvidos cresceram 1,9% ao ano e os em desenvolvimento, 5,4% ao ano. O crescimento médio do Brasil foi de 1,4% ao ano. Nos anos mais recentes, incluindo as previsões do FMI para 2017 e 2018, o quadro é ainda pior para o Brasil. De 2014 a 2018, a economia mundial deve crescer 3,5% ao ano, enquanto que a do Brasil terá uma queda média de 0,9% ao ano. Com isso, o país ficará no 183º lugar no ranking de 190 economias avaliadas pelo FMI.

Na avaliação da CNI, o Brasil perdeu a corrida pelo crescimento porque apostou no consumo para estimular a economia, sem incentivar o aumento da produtividade e da competitividade. "Alguns anos após a crise, já era possível perceber sinais de desajuste neste modelo. A taxa de inflação gravitava acima do teto da meta, os déficits gêmeos (saldo negativo nas contas externas e resultado nominal negativo nas contas públicas) cresciam, o investimento era cada vez menor e a indústria não conseguia liderar o crescimento", observa o Informe Conjuntural da CNI.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
Anidro sobe 1,07%, e hidratado avança 0,59%
27/10/25
OTC Brasil 2025
WPower Meeting celebra mais uma edição repleta de charme...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento exclusivo reúne grandes empresas, startups e líde...
24/10/25
OTC Brasil 2025
PRIO compartilha estratégias de negócio para campos madu...
24/10/25
OTC Brasil 2025
BRAVA Energia marca presença na OTC Brasil 2025, com des...
24/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 abre com foco em transição energética, i...
24/10/25
Pessoas
Luiz Carvalho é o novo CFO da Brava Energia
24/10/25
Oferta Permanente
Petrobras informa sobre resultado de leilão da ANP
24/10/25
Firjan
No horizonte 2035+, potencial energético do estado do Ri...
23/10/25
Pré-Sal
PPSA irá leiloar, em dezembro, primeira produção de petr...
23/10/25
OTC Brasil 2025
SLB Brasil marca presença na OTC 2025 com foco em inovaç...
23/10/25
Recursos Humanos
ANP publica novas informações sobre seu Programa de Form...
23/10/25
Leilão
Petrobras vence leilão e arrenda terminal RDJ07 no Porto...
23/10/25
Financiamento
Banco do Nordeste investirá R$ 360 milhões para reforçar...
23/10/25
Oferta Permanente
Equinor arremata dois novos blocos na Bacia de Campos du...
23/10/25
Oferta Permanente
Firjan comemora resultado do Leilão de Partilha da ANP, ...
23/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
22/10/25
Oferta Permanente
3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da ANP tem cin...
22/10/25
Posicionamento IBP
3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção
22/10/25
Margem Equatorial
Foresea estende contratos das sondas ODN II e Norbe IX c...
22/10/25
OTC Brasil 2025
Masterclass OTC Brasil 2025: Inovação, Liderança e Tecno...
22/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.