Folha de S.Paulo
Seis empresas de serviços de petróleo e gás e uma empresa de transporte concordaram em pagar cerca de US$ 236 milhões em multas civis e criminais nos Estados Unidos.
O caso é um dos maiores envolvendo corrupção em várias empresas de um mesmo setor, segundo autoridades federais dos EUA.
A maior parte das propinas foi paga para evitar regras locais e permitir a importação de equipamentos e embarcações a países como Brasil, Angola, Azerbaijão, Cazaquistão, Nigéria, Rússia e Turcomenistão. Os acordos foram anunciados pelo Departamento de Justiça e pela SEC (órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários).
A empresa de logística Panalpina, de origem suíça, admitiu que pagou propinas totalizando cerca de US$ 27 milhões a autoridades em sete países em nome de muitos de seus clientes do setor de petróleo e gás, segundo as autoridades norte-americanas.
As empresas de petróleo e gás que fizeram acordos e admitiram sua culpa são a Transocean, a Pride International, a Noble, a Shell Nigeria e a Global Santa Fe, sendo que esta última vai pagar apenas uma multa civil.
Com esses acordos, o Departamento de Justiça já aplicou multas criminais de mais de US$ 1 bilhão em casos relacionados à Lei de Práticas Corruptas dos EUA, que torna crime que empresas dos EUA paguem propinas a autoridades estrangeiras em troca de favores.
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