Jornal do Commercio
O vento pode suprir as necessidades energéticas do mundo, segundo estudo publicado ontem na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). A notícia é um bom presságio para os defensores das fontes limpas de energia. A matriz eólica, como a solar, suscita esperanças na luta contra o aquecimento global.
Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e do Centro de Pesquisa Técnica VTT, da Finlândia, dividiram o globo em áreas de 3,3 mil quilômetros quadrados. Analisaram, então, a velocidade do vento nas seções localizadas fora das zonas urbanas, das florestas e das geleiras, ou seja, onde seria possível instalar torres para capturar a energia do vento - os aerogeradores.
Mesmo áreas no mar foram consideradas no estudo, mas limitadas a regiões onde a profundidade é inferior a 200 metros e a distância da costa não excede 92,6 quilômetros.
Os aerogeradores implantados em terra firme conseguiriam produzir o equivalente a 40 vezes o consumo mundial de eletricidade e cerca de cinco vezes o consumo de energia em todas as suas formas. Os pesquisadores consideraram para o experimento o uso de turbinas de 2,5 megawatts com aproveitamento médio superior a 20% durante o ano. Se os cálculos para o Brasil estiverem certos, só os aerogeradores terrestres produziriam, no mínimo, cerca de 14 vezes a eletricidade consumida no País.
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