Estudo

Energia nuclear reduz em 19% emissão de gases de efeito estufa, diz Eletronuclear

Estudo elaborado para a Eletronuclear pela Ecen Consultoria, divulgado hoje (25) no Rio de Janeiro, aponta que a participação de 7,3 gigawatts (GW) de energia nuclear na geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2030 reduzirá as emissões de gases poluentes na atmosfera em 19%. Isso co

Agência Brasil
25/02/2011 20:29
Visualizações: 823 (0) (0) (0) (0)
Estudo elaborado para a Eletronuclear pela Ecen Consultoria, divulgado hoje (25) no Rio de Janeiro, aponta que a participação de 7,3 gigawatts (GW) de energia nuclear na geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2030 reduzirá as emissões de gases poluentes na atmosfera em 19%. Isso corresponde a 437 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que deixarão de serem lançados na atmosfera.

 

O aumento da presença da energia nuclear na cesta de geração do SIN é previsto no Plano Nacional de Energia 2030 (PNE). Hoje, a participação da energia nuclear alcança em torno de 2 GW. A essa geração se somarão os 1,3 GW previstos para a Usina Nuclear Angra 3 e mais 4 GW adicionais, referentes às quatro novas unidades nucleares projetadas pelo Plano Nacional de Energia 2030.

 

A Consultoria Ecen faz o inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa para o Ministério de Minas e Energia. Por essa razão, ela foi contratada pela Eletronuclear para elaborar um estudo específico para o Brasil, comparando as emissões de gases de efeito estufa no ciclo nuclear com as de outros ciclos de combustível na geração de eletricidade. A informação foi dada hoje (25) pelo assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. “O resultado é extremamente positivo.”

 

O estudo mostra que sem a participação da energia nuclear, as emissões de CO2 seriam maiores. “Sim, porque a alternativa de substituir a energia nuclear no PNE seria energia térmica via carvão importado”. De acordo com o levantamento, pode-se considerar que dentre os ciclos de combustível analisados do petróleo, do gás natural, do carvão mineral e da produção de bagaço da cana, a energia nuclear ainda é a mais limpa e a que emite menos.

 

Uma das conclusões é que “do ponto de vista da redução de gases de efeito estufa, é positivo para o Brasil produzir energia via usinas nucleares”, admitiu Guimarães.

 

Ele disse que o Brasil precisa de uma grande expansão da geração elétrica porque, atualmente, “o nosso consumo per capita de eletricidade é o 90º consumo mundial, é metade do que Portugal consome atualmente, é menos do que a média mundial e bem menos do que o Chile e a Argentina.”

 

O consumo atual por brasileiro é de pouco mais de 2.000 quilowatts- hora por ano (kWh/ano). Nos países desenvolvidos, o consumo mínimo é de 4.000 kWh/ano. Nos países de desenvolvimento recente, como Portugal, Espanha e Coréia do Sul, o consumo per capita atinge 4.500 kWh/ano, 5.600 kWh/ano e 6.400 kWh/ano, respectivamente, de acordo com dados da Eletronuclear..

 

Guimarães assegurou que se o Brasil pretende alcançar o desenvolvimento econômico e social, ele precisará ter uma oferta de eletricidade muito maior. “Há forte correlação entre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e consumo per capita de eletricidade. Então, para possibilitar o crescimento de IDH brasileiro, você tem, necessariamente, que aumentar a oferta.”

 

Segundo o assistente da presidência da Eletronuclear, o carro chefe do aumento da oferta continua sendo a energia hidráulica. Ele afirmou, porém que, em paralelo, conforme prevê o Plano Nacional de Energia, o Brasil deve ampliar a geração das outras fontes renováveis, em especial energia eólica e de biomassa.

 

“Só que exclusivamente a hidreletricidade, a biomassa e a energia eólica não são suficientes para garantir esse aumento da oferta necessário. O Brasil também tem que lançar mão de expandir o seu parque de geração térmica”. Nesse contexto, o país conta com a energia nuclear e o gás natural e, em menor escala, com o carvão.

 

“A energia nuclear tem um atrativo especial, na medida em que ela não emite CO2, como mostra o estudo”. Guimarães disse que o objetivo principal do levantamento não foi confirmar as vantagens da energia nuclear em termos de fonte limpa de geração de energia. “Todo mundo sabe disso. O ponto é fazer um estudo específico para as condições brasileiras”. O estudo comprova que das várias fontes de geração de energia, a nuclear é a que emite menos. “Muito menos. São diferenças gritantes.”




Mais Lidas De Hoje
veja Também
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
07/07/25
Indústria Naval
Estaleiros brasileiros e chineses assinam documento para...
07/07/25
Etanol
Anidro sobe 0,11% e hidratado recua 0,17% na semana
07/07/25
Porto de Santos
Ageo Terminais conclui captação de R$ 154 milhões em deb...
07/07/25
Logística
Durante o Macaé Energy, Líder Aviação destaca experiênci...
07/07/25
Gás Natural
SCGÁS divulga novos projetos aprovados por meio de leis ...
04/07/25
Rio Grande do Sul
Sulgás defende mobilização de deputados gaúchos para ass...
04/07/25
Biodiesel
ANP recebe doação de equipamentos para detectar teor de ...
04/07/25
Meio Ambiente
Biometano emite até 2,5 vezes menos CO₂ do que eletricid...
04/07/25
Fusões e Aquisições
Petróleo lidera fusões e aquisições globais; especialist...
04/07/25
Investimentos
Petrobras irá investir R$ 33 bilhões em projetos de refi...
04/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
04/07/25
Pessoas
Julia Cruz é a nova secretária de Economia Verde, Descar...
03/07/25
Gás Natural
TBG lança produto de curto prazo flexível anual
03/07/25
Resultado
Grupo Potencial cresce 70% em vendas de Arla 32 e planej...
03/07/25
Petroquímica
Vibra entra no mercado de óleos básicos para atender dem...
03/07/25
Biocombustíveis
Brasil pode liderar descarbonização do transporte intern...
03/07/25
Energia Elétrica
PMEs: sete dicas para aderir ao mercado livre de energia
03/07/25
Oportunidade
Vibra adere ao Movimento pela Equidade Racial
03/07/25
Pré-Sal
Oil States assina novos contratos com a Subsea7
02/07/25
Sustentabilidade
Congresso Sustentável CEBDS 2025 reúne 300 pessoas em Belém
02/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.