Negócios

Estaleiro Atlântico Sul já importou US$ 81,4 milhões em navios chineses

Dados são do Mdic.

Jornal do Commercio
30/06/2014 14:48
Visualizações: 1097 (0) (0) (0) (0)

 

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) importou US$ 81,4 milhões em partes de navios da China ao longo de 2013, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Os “navios-tanques” (nomenclatura que aparece para o produto importado) foram usados para acelerar a montagem dos petroleiros Dragão do Mar e Henrique Dias. Até o final de 2016, o EAS precisa entregar à Transpetro o último navio de uma série de dez petroleiros suezmax encomendados pela estatal. Até agora, três embarcações foram concluídas. No setor, o questionamento que se faz é se essas importações estariam respeitando o conteúdo nacional de 65% estabelecido pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), criado para ressuscitar a indústria naval no Brasil.
Pelas regras do conteúdo nacional, as importações precisam ficar limitadas a 35% do valor total de cada petroleiro. O valor fixo de uma embarcação desse tipo (sem correções) é de US$ 120 milhões. Se para cada embarcação foi feita uma importação de US$ 40,7 milhões, o conteúdo estrangeiro já estaria em 34,3% (quase no teto). A Câmara Setorial de Equipamentos Navais e Offshore da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) já andou questionando essa conta, ressaltando que é pouco provável que as importações se limitem aos navios-tanque por que outros componentes da embarcação, a exemplo do motor principal, precisam ser importados e ultrapassariam o valor de limite do Promef.
As compras de navios chineses fez o EAS figurar em 4º lugar no ranking das principais empresas importadoras de Pernambuco. Foram 27,7 mil toneldas de carga chinesa. O item navios-tanque, que sequer figurava na pauta de importações, já aparece em 11º lugar na lista. No chão de fábrica, funcionários relatam o temor de que as importações cresçam e signifiquem desemprego. “Essas coisas sempre vazam entre os peões. Os japoneses comentam por aqui que a parceria com a IHI Corporation (sócia do EAS com um terço de participação e parceira tecnológica do empreendimento) pode resultar na importação de blocos também do Japão”, diz um supervisor, que pediu para não ter seu nome reveldo.
Em nota encaminhada ao 'JC', a Transpetro reafirma que o conteúdo nacional vem sendo mantido, assim como infrmou em novembro do ano passado, quando um navio-tanque desembarcou no Complexo de Suape. “A Transpetro esclarece que os sete navios entregues à companhia através do Promef atingiram o índice de conteúdo nacional mínimo de 65% estipulado para a primeira fase do programa”, diz o texto.
Em dezembro de 2013, durante conversa de balanço de fim de ano com a imprensa, o presidente do EAS, Otoniel Silva Reis, explicou que as importações estavam acontecendo e iriam contibuar se fossem necessárias para acelerar o cronograma de entregas dos navios. Em 2014, a meta é entregar dois navios. Em 2015 serão outros três e em 2016 mais quatro. Na comnversa com os jornalista Silva pontou que considerava alto o degrau de 65% de conteúdo nacional, dando exemplo de outros países que privilegiaram a produção doméstica, mas apostaram num conteúdo gradativo, como a Noruega. Mesmo considerando a meta alta, Reis afirmou que o limite estava sendk cumprido pelo EAS.

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) importou US$ 81,4 milhões em partes de navios da China ao longo de 2013, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Os “navios-tanques” (nomenclatura que aparece para o produto importado) foram usados para acelerar a montagem dos petroleiros Dragão do Mar e Henrique Dias. Até o final de 2016, o EAS precisa entregar à Transpetro o último navio de uma série de dez petroleiros suezmax encomendados pela estatal. Até agora, três embarcações foram concluídas. No setor, o questionamento que se faz é se essas importações estariam respeitando o conteúdo nacional de 65% estabelecido pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), criado para ressuscitar a indústria naval no Brasil.

Pelas regras do conteúdo nacional, as importações precisam ficar limitadas a 35% do valor total de cada petroleiro. O valor fixo de uma embarcação desse tipo (sem correções) é de US$ 120 milhões. Se para cada embarcação foi feita uma importação de US$ 40,7 milhões, o conteúdo estrangeiro já estaria em 34,3% (quase no teto). A Câmara Setorial de Equipamentos Navais e Offshore da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) já andou questionando essa conta, ressaltando que é pouco provável que as importações se limitem aos navios-tanque por que outros componentes da embarcação, a exemplo do motor principal, precisam ser importados e ultrapassariam o valor de limite do Promef.

As compras de navios chineses fez o EAS figurar em 4º lugar no ranking das principais empresas importadoras de Pernambuco. Foram 27,7 mil toneldas de carga chinesa. O item navios-tanque, que sequer figurava na pauta de importações, já aparece em 11º lugar na lista. No chão de fábrica, funcionários relatam o temor de que as importações cresçam e signifiquem desemprego. “Essas coisas sempre vazam entre os peões. Os japoneses comentam por aqui que a parceria com a IHI Corporation (sócia do EAS com um terço de participação e parceira tecnológica do empreendimento) pode resultar na importação de blocos também do Japão”, diz um supervisor, que pediu para não ter seu nome reveldo.

Em nota encaminhada ao 'JC', a Transpetro reafirma que o conteúdo nacional vem sendo mantido, assim como infrmou em novembro do ano passado, quando um navio-tanque desembarcou no Complexo de Suape. “A Transpetro esclarece que os sete navios entregues à companhia através do Promef atingiram o índice de conteúdo nacional mínimo de 65% estipulado para a primeira fase do programa”, diz o texto.

Em dezembro de 2013, durante conversa de balanço de fim de ano com a imprensa, o presidente do EAS, Otoniel Silva Reis, explicou que as importações estavam acontecendo e iriam contibuar se fossem necessárias para acelerar o cronograma de entregas dos navios. Em 2014, a meta é entregar dois navios. Em 2015 serão outros três e em 2016 mais quatro. Na comnversa com os jornalista Silva pontou que considerava alto o degrau de 65% de conteúdo nacional, dando exemplo de outros países que privilegiaram a produção doméstica, mas apostaram num conteúdo gradativo, como a Noruega. Mesmo considerando a meta alta, Reis afirmou que o limite estava sendk cumprido pelo EAS.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Combustíveis
ANP participa da operação Carbono Oculto, para coibir ir...
28/08/25
IBP
Posicionamento - Operações representam passo fundamental...
28/08/25
Subsea
OneSubsea entrega primeira árvore de natal molhada de Bú...
28/08/25
Offshore
MODEC firma parceria para desenvolver tecnologia inédita...
28/08/25
Energia Elétrica
Bandeira vermelha eleva custo da energia, mas associados...
27/08/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
IBP debate investimentos em infraestrutura e logística n...
27/08/25
ANP
Segunda etapa de audiência pública debate classificação ...
27/08/25
IBP
RELIVRE reafirma a competência federal referente à ativi...
27/08/25
Royalties
Valores referentes à produção de junho para contratos de...
27/08/25
ANP
Pesquisa, desenvolvimento e inovação: ANP atualiza Paine...
27/08/25
Seminário
PPSA abre inscrições para Seminário de Lançamento do Lei...
27/08/25
IBP
Carta Aberta em apoio à ANP na classificação de gasoduto...
27/08/25
Logística
Vast Infraestrutura inicia construção do parque de tanca...
26/08/25
Biodiesel
Rumo a uma navegação mais sustentável, Citrosuco inicia ...
26/08/25
ANP
Oferta Permanente de Concessão: resultado parcial do 5º ...
26/08/25
PD&I
Projeto Embrapii transforma algas de usinas hidrelétrica...
26/08/25
PPSA
Leilão de Áreas Não Contratadas será realizado em dezembro
26/08/25
IBP
Desafio iUP Innovation Connections inicia etapa de capac...
25/08/25
Transição Energética
Fórum Nordeste 2025 discute energias renováveis, sustent...
25/08/25
Margem Equatorial
10 perguntas e respostas sobre a Avaliação Pré-Operacion...
25/08/25
Internacional
UNICA participa de encontro internacional na Coreia de S...
25/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23