<P>Atlântico Sul pagou 1ª parcela de R$ 15,5 milhões por 10 motores para seus navios. A construção do estaleiro começou no ano passado, mas o empreendimento já tem R$ 303,5 milhões em ativos</P><P>O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) já adiantou R$ 15,5 milhões à empresa coreana Doosan Engine...
Jornal do Commercio/PEAtlântico Sul pagou 1ª parcela de R$ 15,5 milhões por 10 motores para seus navios. A construção do estaleiro começou no ano passado, mas o empreendimento já tem R$ 303,5 milhões em ativos
O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) já adiantou R$ 15,5 milhões à empresa coreana Doosan Engine como primeira parcela do contrato de compra de 10 motores principais para os navios Suezmax, que a empresa construirá para a Transpetro. O EAS, que iniciou sua construção no ano passado, já tem R$ 303,5 milhões em ativos, conforme relatório das demonstrações contábeis publicado ontem no Diário Oficial.
As entregas dos motores importados terão início em março de 2009 e vão até a última importação em janeiro de 2012. A fornecedora é do mesmo País do parceiro tecnológico e de compras internacionais do EAS, a Samsung. Os motores principais das embarcações estão entre as partes não fabricadas no Brasil. Por isso, a indústria precisará obter fornecedores externos.
Os números apresentados deixam claro como o estaleiro mexe com a economia local. Dentre os maiores contratos do estaleiro está o Consórcio Tatuoca, responsável pela construção da unidade industrial, com R$ 204,3 milhões. A Projeart, empresa responsável pelo fornecimento e montagem de estrutura metálica, tem um contrato de R$ 69,3 milhões. A Construtora Stein está construindo galpões e prédios administrativos por R$ 30 milhões e os serviços de engenharia da Brasfond Fundações estão rendendo R$ 46,7 milhões.
O trabalho de consultoria para elaboração de programa ambiental aparece nas demonstrações também como relevante, com um gasto total de R$ 1,498 milhão e envolve a Monitore Instituto de Estudos de Impactos Ambientais e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade).
A movimentação financeira da empresa é elevada. Apenas de CPMF, tributo extinto no ano passado, o EAS gastou R$ 888 mil, uma vez que a empresa mantém diversas operações financeiras, como empréstimos e cobertura cambial (boa parte dos custos estão atrelados ao mercado externo).
A partir de 16 de agosto de 2007, a empresa entrou em fase operacional e já contabilizou R$ 12,4 milhões de receita de construção naval. Isso é fruto de adiantamento da Transpetro e resultou em lucro líquido de R$ 1,9 milhão, reinvestido no próprio negócio.
O EAS é uma empresa que tem como acionistas a Camargo Corrêa (49,5%), Queiroz Galvão (49,5%) e a PJMR (1%), de um grupo de empresários da indústria naval do Rio de Janeiro. A entrega da primeira embarcação está prevista para maio de 2010 e os demais navios sendo entregues em intervalos entre três a quatro meses.
Já em junho terá início o processamento de aço e a previsão é que toda a planta industrial esteja pronta em agosto de 2009. Os grupos estão tão confiantes com o projeto que, antes mesmo de ter ficado pronto, o estaleiro já aumentou de tamanho. O EAS hoje é um investimento de R$ 1,2 bilhão e que terá capacidade de processar 160 mil toneladas de aço por ano, numa área de 162 hectares, na Ilha de Tatuoca, em Suape.
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