<P>O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no porto de Suape, deverá produzir 20 navios petroleiros por ano, em Pernambuco, daqui a cinco anos. Essa informação foi repassada, ontem, pelo presidente da Transpetro - subsidiária de transportes da Petrobras -, Sérgio Machado, durante a assinatura, em Per...
Folha de PernambucoO Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no porto de Suape, deverá produzir 20 navios petroleiros por ano, em Pernambuco, daqui a cinco anos. Essa informação foi repassada, ontem, pelo presidente da Transpetro - subsidiária de transportes da Petrobras -, Sérgio Machado, durante a assinatura, em Pernambuco, do acordo acionário para a entrada do estaleiro coreano Samsung Heavy Industry no EAS.
“No primeiro encontro (em junho de 2007) com Seoyoon Kim, ele disse que, em cinco anos, estarão fabricando 20 navios por ano aqui, em Pernambuco”, disse Sérgio Machado. “Em cinco anos, podemos transferir parte das encomendas para o Estaleiro Atlântico Sul”, confirmou o vice-presidente da empresa coreana, Seoyoon Kim.
A Samsung participará com 10% da sociedade do EAS, 10% pertencem ao grupo PJMR (ex-sócio da norueguesa Aker no Brasil), 40% da Queiroz Galvão e os outros 40% da Camargo Corrêa. Questionado sobre a possibilidade de ampliar a participação acionária, Kim afirmou que um assunto como esse precisa ser discutido com os conselheiros da Samsung.
Para Machado, a entrada da Samsung na sociedade dá um caráter mais competitivo ao EAS, além de atrair investidores estrangeiros. “Há vários investidores internacionais interessados, querendo entrar em outros estaleiros. O Brasil foi redescoberto pela indústria naval do mundo”.
Na opinião do presidente do Conselho de Administração do EAS, Carlos Camerato, a atividade naval do País passa a ganhar fôlego. “Com a entrada da Samsung, ficamos ainda mais próximos da elite nacional da construção naval do mundo”, apontou. “É um sinal de que nós não vamos ser só o maior estaleiro do hemisfério sul, mas que nós podemos ser o maior estaleiro do mundo”, acrescentou o governador Eduardo Campos.
Atualmente, além dos dez navios para a Transpetro, o EAS tem a encomenda de parte da plataforma P-55 da Petrobras - no valor de US$ 385 milhões. Além disso, recebeu também a encomenda de dois navios do tipo VLCC, por parte da Noroil, no valor de US$ 430 milhões, que serão também fretados à Transpetro.
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