Expansão

Estrangeiros têm cautela com o setor naval no Brasil

<P>Maior construtor de navios do mundo atualmente, a Coréia do Sul está de olho na indústria naval brasileira e no potencial de encomendas que as novas descobertas na área do petróleo vão demandar. Mas com cautela, explicou à Reuters o diretor da Sy Marine do Brasil, Ronaldo Arouca.</P><P>Ele...

Agência Reuters
27/06/2008 00:00
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Maior construtor de navios do mundo atualmente, a Coréia do Sul está de olho na indústria naval brasileira e no potencial de encomendas que as novas descobertas na área do petróleo vão demandar. Mas com cautela, explicou à Reuters o diretor da Sy Marine do Brasil, Ronaldo Arouca.

Eles estão querendo entender qual o futuro dessa área naval, porque ninguém vai colocar dinheiro no Brasil se não tiver um projeto de longo prazo, disse Arouca, representante de companhias coreanas que estão presentes pela primeira vez na Navalshore 2008.

Reunidas em um mesmo stand, Hyundai, Tank Tech, Panasia e Deyang prospectam oportunidades no país, mas sem pressa para decidir investimentos, segundo Arouca.

É um primeiro passo, por isso eles estão vindo, mas só a encomenda da Transpetro não é suficiente, é uma visão de 10 anos, praticamente, é pouco, a Coréia faz um navio a cada 15 dias, ressaltou o executivo.

Eles querem um plano mais concreto do governo (brasileiro) e das entidades no médio e longo prazo, concluiu.

Também animado com o novo mercado mas prevendo ainda algum tempo para tomada de decisões, o representante comercial da norueguesa Aker Promar, José Guilherme Vieira, foi reticente quanto a confirmar informações de que o grupo estaria planejando uma expansão.

Ainda falta uma definição do grupo de se vale a pena exapandir ou melhorar a área atual, disse ele a jornalistas durante a feira da indústria naval no Rio de Janeiro.

O estaleiro Aker Promar, localizado em Niterói, estuda construir mais uma unidade em Quissamã, no Estado do Rio de Janeiro, ou se vai ampliar as instalações já existentes. Entre as dificuldades para um novo estaleiro, Vieira apontou a demora da licença ambiental e a dragagem de um rio, que deveria ser feita pelas prefeituras de Campos e Quissamã e que ainda está para acontecer.

OUTRO LADO

Sem novos estaleiros ou expansão expressiva dos já existentes será difícil atender a tantas demandas que virão da Petrobras e outras petrolíferas, afirmou o secretário-geral do sindicato do setor, Sinaval, Sérgio Leal. Principalmente quando começar a exploração da área pré-sal no país, uma faixa de 800 quilômetros que se estende na costa brasileira do Espírito Santo a Santa Catarina e que pode conter bilhões de barris de petróleo.

Ele se disse confiante na consolidação do setor que praticamente foi extinto na década de 1980 e explicou que a retomada será feita aos poucos.

O Brasil virou um grande produtor e cada plataforma que for instalada vai demandar uns três navios de apoio, afirmou Leal.

Ele garantiu que novos estaleiros serão realmente instalados e citou como exemplo o anúncio feito pelo governo do Maranhão, na semana passada, de que iria incentivar a instalação de um estaleiro naquele Estado, provavelmente como grupo Mauá/Eisa.

Para financiar o setor, o Fundo de Marinha Mercante reservou este ano orçmamento de 3,1 bilhões de reais e prevê que em 2009 terá que subir o valor para 3,7 bilhões de reais, devido à demanda por crédito. Em 2002, a verba para o setor não passava de 600 milhões de reais, segundo a diretora do fundo, Débora Teixeira, presente no evento.

Também querendo participar da esperada explosão dessa indústria, o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) criticou a exclusão dos fabricantes de peças dos incentivos do governo.

Os estaleiros têm que ser nacionais, mas as peças são quase todas importadas, o conteúdo nacional fica só na mão-de-obra e no aço, disse Cesar Prata.

Ele argumentou que os 65 por cento de conteúdo nacional exigidos pelo governo não são suficientes para estimular a indústria de navipeças, já que 40 por cento desse total vem da mão de obra e 25 por cento do uso de aço nacional.

Hoje somos excluídos dos projetos, o conteúdo nacional deveria ser de pelo menos 80 por cento, repetiu uma reivindicação que, segundo ele, já está sendo feita há um ano para o governo.

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