Pesquisa

Estudo do Ipea propõe mais subsídios à indústria ou mais impostos sobre commodities

Um estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende o aumento da tributação das commodities (produtos básicos como grãos e metais, cotados internacionalmente) ou concessão de mais subsídios à indústria nacional como alternativa de curto prazo para evitar a depen

Agência Brasil
09/11/2011 09:37
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Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende o aumento da tributação das commodities (produtos básicos como grãos e metais, cotados internacionalmente) ou concessão de mais subsídios à indústria nacional como alternativa de curto prazo para evitar a dependência excessiva do Brasil em relação aos produtos primários. A análise consta do artigo Política Industrial e Crescimento, que faz parte do estudo Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, divulgado ontem (8) pelo Ipea.

“Com o aumento do tributo [sobre commodities], o setor [primário] não vai conseguir repassar [o aumento] para os preços, já que os preços são fixados pelo mercado internacional. A taxa maior faz com que a rentabilidade [do produtor rural ou do minerador] seja reduzida, o que provoca queda na exportação. Se cai muito o saldo da balança comercial, o câmbio fica desvalorizado, o que beneficiaria a indústria”, explicou o técnico em Planejamento do Ipea e autor do documento Mansueto Almeida.

No entanto, o especialista defende o equilíbrio no aumento da tributação ou na concessão de subsídios, que devem ser feitos de forma cautelosa, para evitar prejuízos à competitividade. “Qualquer excesso de uma política para modificar preços relativos [das commodities] pode diminuir o crescimento e, assim, inviabilizar todo o esforço de incentivar a indústria”, completou.

Almeida ainda destaca que o país não precisa investir pesadamente em inovação para estimular a produtividade. Para ele, basta utilizar de forma mais intensiva tecnologias já existentes, visto que o país está muito aquém dos avanços tecnológicos já usados em países desenvolvidos. “O maior problema no Brasil é que o custo cresceu muito e a produtividade não acompanhou. Mas não é necessária uma inovação radical para reverter isso. Basta utilizar tecnologias existentes e aplicá-las nas empresas brasileiras, para melhorar o que já existe”, disse.
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