Logística

Estudo indica futuro aumento de transporte de etanol por dutos e rios

Atualmente, cerca de 70% do combustível trafega por rodovias.

Ascom USP
06/12/2013 17:41
Visualizações: 1862

 

O Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) realizou um estudo que apresenta a viabilidade do transporte de etanol por dutos e hidrovias. Segundo uma das pesquisaoras do grupo, a gestora do agronegócio Jamile de Campos Coleti, o transporte dutoviário é uma tendência mundial; porém, no Brasil não funciona com a eficiência dos outros países. “Hoje esse produto é transportado quase que integralmente por rodovia, o que gera um gargalo para os outros modais".
Segundo dados da Uniduto (2012), em países como os Estados Unidos, a malha dutoviária disponível é de cerca de 440 mil quilômetros. Na Rússia, são mais de 300 mil quilômetros e no Canadá, 240 mil quilômetros, enquanto no Brasil, a malha dutoviária é de apenas 22 mil quilômetros. “Sendo assim, verifica-se que cerca de 70% do etanol brasileiro é transportado por rodovias, isso ocorre em função da grande dispersão das usinas sulcroalcooleiras e acaba encarecendo o custo de transporte”.
Referente à utilização de hidrovias, Jamile Coleti lembra que uma grande aposta para a redução de custos deste modal foi a criação do Logum, uma empresa de logística responsável pelo transporte de combustíveis principalmente por dutos e hidrovias. “Esta é uma iniciativa da Petrobras juntamente com empresas dos setores de construção civil e sucroalcooleiros que buscam reduzir o custo de transporte de etanol através de um sistema multimodal”, explica.
Outro gargalo apontado pelo estudo, presente na estrutura de transportes brasileira, é o fato de que os modais não estão integrados, aumentando o transit time e os custos totais da operação. “Isso faz com que a multimodalidade (hidrovia/ferrovia) seja uma opção menos vantajosa do que, por exemplo, a utilização do modal rodoviário isoladamente. Porém, também há um entrave na utilização da multimodalidade; a baixa densidade dos modais hidroviários e ferroviários em relação ao rodoviário acaba causando uma limitação”, pondera.
Investimento misto
O estudo considera que uma das formas de investimento que aparentemente estão dando certo são as de caráter misto e em parceria, na qual uma empresa associa-se ao poder público para investir em obras que atinjam interesses mútuos. “Essa forma gera um grande benefício para a empresa, que utilizará diretamente o produto fruto do investimento, esta terá condições de identificar os possíveis gargalos, pois estará completamente envolvida no processo”, diz a pesquisadora.
Para o transporte de etanol, especificamente, a pesquisadora defende que uma das saídas mais eficientes encontradas seria a multimodalidade, experiência ainda pouco explorada neste setor, mas que demonstra grande potencialidade no que se refere à maximização da utilização do sistema logístico nacional. “Se associado os investimentos atuais nos modais hidroviário e dutoviário, com o aumento da utilização da multimodalidade, os custos de transporte de etanol podem se reduzir de forma expressiva, buscando a otimização do sistema logístico nacional e acarretando um aumento da competitividade do etanol a partir de vantagens no processo de comercialização”, finaliza.

O Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) realizou o estudo 'Opções logísticas para o transporte do etanol no abastecimento do mercado interno', que apresenta a viabilidade do transporte de etanol por dutos e hidrovias. Segundo uma das pesquisaoras do grupo, a gestora do agronegócio Jamile de Campos Coleti, o transporte dutoviário é uma tendência mundial; porém, no Brasil não funciona com a eficiência dos outros países. “Hoje esse produto é transportado quase que integralmente por rodovia, o que gera um gargalo para os outros modais".

Segundo dados da Uniduto (2012), em países como os Estados Unidos, a malha dutoviária disponível é de cerca de 440 mil quilômetros. Na Rússia, são mais de 300 mil quilômetros e no Canadá, 240 mil quilômetros, enquanto no Brasil, a malha dutoviária é de apenas 22 mil quilômetros. “Sendo assim, verifica-se que cerca de 70% do etanol brasileiro é transportado por rodovias, isso ocorre em função da grande dispersão das usinas sulcroalcooleiras e acaba encarecendo o custo de transporte”.

Referente à utilização de hidrovias, Jamile Coleti lembra que uma grande aposta para a redução de custos deste modal foi a criação do Logum, uma empresa de logística responsável pelo transporte de combustíveis principalmente por dutos e hidrovias. “Esta é uma iniciativa da Petrobras juntamente com empresas dos setores de construção civil e sucroalcooleiros que buscam reduzir o custo de transporte de etanol através de um sistema multimodal”, explica.

Outro gargalo apontado pelo estudo, presente na estrutura de transportes brasileira, é o fato de que os modais não estão integrados, aumentando o transit time e os custos totais da operação. “Isso faz com que a multimodalidade (hidrovia/ferrovia) seja uma opção menos vantajosa do que, por exemplo, a utilização do modal rodoviário isoladamente. Porém, também há um entrave na utilização da multimodalidade; a baixa densidade dos modais hidroviários e ferroviários em relação ao rodoviário acaba causando uma limitação”, pondera.


Investimento misto

O estudo considera que uma das formas de investimento que aparentemente estão dando certo são as de caráter misto e em parceria, na qual uma empresa associa-se ao poder público para investir em obras que atinjam interesses mútuos. “Essa forma gera um grande benefício para a empresa, que utilizará diretamente o produto fruto do investimento, esta terá condições de identificar os possíveis gargalos, pois estará completamente envolvida no processo”, diz a pesquisadora.

Para o transporte de etanol, especificamente, a pesquisadora defende que uma das saídas mais eficientes encontradas seria a multimodalidade, experiência ainda pouco explorada neste setor, mas que demonstra grande potencialidade no que se refere à maximização da utilização do sistema logístico nacional. “Se associado os investimentos atuais nos modais hidroviário e dutoviário, com o aumento da utilização da multimodalidade, os custos de transporte de etanol podem se reduzir de forma expressiva, buscando a otimização do sistema logístico nacional e acarretando um aumento da competitividade do etanol a partir de vantagens no processo de comercialização”, finaliza.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Evento
PPSA reúne CEOs para debater o futuro da indústria de ól...
03/11/25
Evento
Porto do Açu e Porto de Antuérpia-Bruges assinam carta d...
03/11/25
Transição Energética
Fórum Econômico França-Brasil discute transição energéti...
03/11/25
Energia Elétrica
MP do setor elétrico: Órigo Energia ressalta importância...
03/11/25
Posicionamento IBP
PLV 10/2025 prejudica o ambiente de negócios e coloca em...
03/11/25
OTC Brasil 2025
SLB destaca protagonismo e compromisso com a inovação, s...
31/10/25
OTC Brasil 2025
MEQ Energy Hub: Impulsionando o Desenvolvimento Empresar...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Foresea é vencedora do 8º Prêmio Melhores Fornecedores P...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 reúne mais de 23 mil pessoas no Rio de J...
31/10/25
Premiação
Empresa baiana atendida pelo Sebrae vence Prêmio Melhore...
31/10/25
Energia Solar
Axial Brasil inicia montagem de trackers solares em usin...
31/10/25
Bacia de Santos
bp avança nos planos para a significativa descoberta de ...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Seagems conquista pela quarta vez o Prêmio Melhores Forn...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil conecta potencial da Margem Equatorial a inve...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Nova versão do Painel Dinâmico de Emissões de Gases de E...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Porto do Açu e IKM avançam em parceria para criação do p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Ambipar participa da OTC Brazil 2025 com foco em soluçõe...
30/10/25
Fenasan 2025
Merax marcou presença na Fenasan 2025 com equipamentos p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Inteligência Artificial, CCUS e descomissionamento sinal...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Vallourec impulsiona o setor de óleo e gás com tecnologi...
30/10/25
ANP
Seminário debate estudos geoeconômicos do Polígono do Pr...
30/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.