<P>Depois de ter os incentivos fiscais aprovados em caráter precário (temporário) em junho, a expectativa era que a aprovação definitiva acontecesse ontem, <BR>mas vai ficar para uma reunião extra. Tudo porque a empresa pleiteou <BR>ao governo do Estado que o valor de R$ ...
Jornal do Commercio/PEDepois de ter os incentivos fiscais aprovados em caráter precário (temporário) em junho, a expectativa era que a aprovação definitiva acontecesse ontem,
mas vai ficar para uma reunião extra. Tudo porque a empresa pleiteou
ao governo do Estado que o valor de R$ 15 milhões a ser pago na compra
do terreno, em Suape, seja revertido em obras de infra-estrutura. A
previsão do governo é dar um retorno à solicitação entre os dias 15 e
20 deste mês.
Como o Complexo de Suape já não tem áreas planas para vender, uma das
práticas adotadas pela diretoria para atrair os investidores é
oferecer o terreno já terraplenado. ?Será realizado um detalhamento
dessa necessidade de infra-estrutura, como acessos, água, energia e a
própria terraplenagem, e depois vamos definir nossa contrapartida?,
diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho.
O investimento da Gerdau seria o mais significativo da reunião do Condic. Sem ele, a pauta se limitou à aprovação de cinco novos projetos industriais, uma central de distribuição e duas de importação, totalizando investimentos da ordem de R$ 8,2 milhões. Além desses, foram ratificados outros 22 projetos que também tiveram incentivos fiscais aprovados em caráter precário no mês de junho, somando R$ 70,8 milhões. ?Não trouxemos uma pauta fraca, porque vários dos projetos já tinham passado por uma aprovação preliminar e agora
estamos reafirmando?, reforça.
Além da Gerdau, outro empreendimento retirado da pauta foi o do grupo
espanhol Incepa Revestimentos Cerâmicos. O representante da Federação
das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) na reunião, João Sandoval, pediu
vistas para uma análise mais aprofundada do projeto, alegando que a
aprovação pode atrapalhar outras empresas do setor no Estado, a
exemplo da Pamesa, Porto Rico e Gyotoku.
Visitamos a fábrica do grupo Incepa no Paraná e nossas negociações
com eles apontavam inicialmente para que apenas parte do processo
industrial fosse realizado no Estado, com a cerâmica vindo de outras
fábricas do grupo para ser embalada aqui e distribuída nos mercados do
Norte e Nordeste?, observa o presidente da AD Diper, Jenner Guimarães.
A idéia era utilizar a capacidade ociosa da unidade da Celite (que foi
comprada pelo grupo espanhol em 1999), no Curado, para fazer o
processo de embalagem. Num segundo momento, o presidente da AD Diper
apostava na definição da Incepa pelo investimento em uma nova unidade
industrial em Pernambuco, que poderia ir para algum município do
interior. Diretores da empresa chegaram a fazer visita ao Porto de
Suape e a cidades como Gravatá, Bezerros, Vitória de Santo Antão e
Escada.
A Secretaria da Fazenda entendeu que se enquadrasse o projeto da
Incepa como industrial, outras empresas poderiam querer o mesmo tipo
de incentivo?, diz Jenner.
Outra discussão levantada no Condic foi o interesse do governo em
criar uma política específica de incentivos fiscais para setores como
calçados, móveis e confecções/têxtil. O assunto será discutido como
governador Eduardo Campos na próxima semana.
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