O diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, participou na quarta-feira (5) da Conferência Internacional de Finanças Portuárias, no Centro de Convenções da Bolsa do Rio de Janeiro. Estavam presentes investidores nacionais e estrangeiros e autoridades de todo o país, entre as quais o secretário de Minas e Energia do Estado do Maranhão, Ricardo Guterres.
Durante sua apresentação, Fialho dimensionou o desafio logístico brasileiro, que inclui desde a oferta de logística ao longo da costa brasileira até o escoamento da carga das regiões centrais para as áreas de embarque para exportação.
Fialho lembrou que a Antaq, como agência responsável pela regulação do transporte aquaviário, participa ativamente da construção de um marco regulatório sólido, capaz de atrair investimentos em logística de transportes aquaviários. “Ao oferecer transparência e previsibilidade, damos à iniciativa privada tranquilidade para planejar e investir”, explicou o diretor-geral.
Ele salientou a importância do planejamento estratégico para a adequação da matriz de transporte brasileira às necessidades do país. “Trabalhamos sempre para tornar nossa matriz de transporte mais equilibrada, de modo que cada modal seja utilizado no segmento em que é mais competitivo”, afirmou Fialho.
O diretor-geral abordou a evolução da indústria naval brasileira nos últimos anos, quando grandes estaleiros instalaram-se para atender a demanda criada pela exploração petrolífera. Ele falou também sobre a elaboração pela Antaq do Plano Nacional de Integração Hidroviária. “Trata-se de uma ferramenta indispensável ao planejamento da logística do país, que permitirá identificar os locais mais propícios à instalação de novos terminais ou expansão dos já existentes nas hidrovias”.
Fialho defendeu ainda um arcabouço jurídico que dê às Autoridades Portuárias mais flexibilidade para responder adequadamente à crescente demanda do mercado. “Somando investimentos já autorizados pela Antaq, que se encontram em andamento, e os que estão sendo analisados pela Agência, chega-se a R$ 22 bilhões. Precisamos ser mais céleres para acompanhar essa evolução”, conclamou o diretor-geral da agência.
O secretário de Minas e Energia do Estado do Maranhão, Ricardo Guterres, também acredita que é importante ser mais ágil para atrair novos investidores. “O Maranhão tem um dos principais portos do Brasil (Itaqui). Temos todo o interesse em participar desta discussão, juntamente com o Fialho, que, na direção da Antaq, tem trabalhado continuamente para construir um marco regulatório sólido para o transporte aquaviário brasileiro”, disse Guterres.