Hidrelétricas atuam com 29% da capacidade total de armazenamento.
Redação
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) lançou um comunicado nesta quarta-feira (19) alertando às empresas associadas o agravamento das condições de oferta da energia elétrica e de gás no país.
Segundo a entidade, a água retida nos reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte dos reservatórios do país, representa atualmente apenas 29% da capacidade total de armazenamento. Para evitar que a redução dos reservatórios atinja níveis críticos de risco praticamente todas as termelétricas disponíveis já estão em operação, não havendo mais, portanto, margem para aumento significativo da geração térmica.
Além disso, a logística de abastecimento dessas usinas, em especial as operadas a óleo combustível e a diesel, também não é trivial e tem enfrentado dificuldades. Soma-se a isso a previsão de chuvas para o futuro próximo estar abaixo da média histórica, o que poderá levar à continuidade de redução da capacidade dos reservatórios.
Diante desse quadro, a possibilidade de ocorrência de eventos de desabastecimento temporário de energia para o fim do ano e início de 2013 aumentou substancialmente, alcançando níveis preocupantes. Ao mesmo tempo, a elevada demanda de gás natural para suprimento das térmicas poderá levar as distribuidoras estaduais a exercer junto aos seus clientes industriais as cláusulas de flexibilidade e de interruptibilidade dos contratos. Qualquer um dos eventos terá impactos negativos inequívocos sobre a atividade industrial.
A diretoria do Sistema Firjan já solicitou ao Ministério de Minas e Energia e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio de Janeiro esclarecimentos e apresentação de medidas que possam garantir o fornecimento adequado desses insumos energéticos, essenciais para a atividade industrial e para todo o país.
A diretoria considera que qualquer medida que se reflita em custos ou escassez de insumos energéticos trará impactos significativos para a competitividade industrial e para o desenvolvimento do país, e tomará portanto todas as providências ao seu alcance para que esse quadro não se realize.
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