Logística

Fundo investe no setor ferroviário

<P>O GP Logística tem como cotistas os fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Fibra (Itaipu), além da Fundação Atlântica, o BNDES e o Banco do Brasil.<BR><BR>Foram captados R$ 462 milhões, ou 15% a mais que a meta...

Valor Econômico
01/09/2006 00:00
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O GP Logística tem como cotistas os fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Fibra (Itaipu), além da Fundação Atlântica, o BNDES e o Banco do Brasil.

Foram captados R$ 462 milhões, ou 15% a mais que a meta traçada pela GP. A formatação do fundo levou 18 meses. A administradora de recursos fez aportes de R$ 12 milhões. A alavancagem pode chegar a quatro ou cinco vezes o valor total do fundo.

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor, o primeiro negócio formatado pelo fundo, há um mês, é a aquisição de até 360 vagões ferroviários, que serão repassados via leasing à Agrenco, empresa do setor agrícola, e operados pela ALL Logística, maior concessionária ferroviária do país. O contrato é válido por 10 anos e a compra dos vagões está avaliada entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões. Procurada pelo jornal, a direção da Agrenco não se pronunciou. A ALL tem como principais sócios a GP a Funcef.

Os representantes do GP Logística não confirmaram o investimento. Muitos projetos estão sob análise e serão discutidos com o comitê gestor em breve, afirmou ao Valor Nelson Rozental, diretor da GP Administração de Recursos. Entre eles estão aportes em centros de distribuição, armazéns, silos, tancagem, dutos (granéis sólidos e líquidos), portos e retroportos e infra-estrutura ferroviária.

O leasing de vagões é uma modalidade que vem crescendo no Brasil. A japonesa Mitsui já tem cerca de 600 unidades arrendadas.

Para cada investimento será criada uma sociedade de propósito específico (SPE), com o objetivo de isolar eventuais riscos. São operações em que o fluxo de caixa futuro será aceito como garantia, disse Rozental.

Os ativos adquiridos podem ser reunidos, a longo prazo, numa única empresa de logística ou ainda vendidos isoladamente. O fundo terá um ciclo de 10 anos, renováveis por outros três.

Os recursos do GP Logística se juntam a outras carteiras poderosas, de mais de R$ 5 bilhões, que têm investido em projetos de infra-estrutura nos últimos dois anos. São fundos como o Brasil Energia (gerido pelo Pactual), Infra-Brasil (ABN Amro e Darby, voltado para obras pesadas) e o AG Angra (Andrade Gutierrez e Angra Partners, para projetos de saneamento). Esses FIPs também têm como principais investidores os fundos de pensão.

Cada fundo tem um foco específico e eles não vão competir entre si, de forma a não gerar conflitos com os cotistas e dirimir riscos, afirmou Rozental. De acordo com levantamentos da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), o Brasil carece de investimentos no setor de mais de US$ 30 bilhões por ano.

Os gargalos logísticos e a pouca oferta de recursos para essa área já fazem a GP pensar na formatação do Logística II. A captação deve iniciar em três anos, quando pelo menos 75% dos recursos do primeiro fundo já estiverem aplicados.

A Funcef é um dos principais cotistas dos fundos de infra-estrutura, com investimentos que beiram os R$ 800 milhões. É uma oportunidade de investimento interessante, uma vez que as taxas de juros menores reduzem nosso ganho, afirmou Guilherme Lacerda, presidente do fundo de pensão.

Ele também destacou que, ao lado das Parcerias Público-Privadas (PPPs), os fundos serão uma importante fonte de recursos para a infra-estrutura. Há uma necessidade grande de investimentos na área de infra-estrutura, que vão garantir emprego e têm potencial grande de sucesso.

Fonte: Valor Econômico(Patrícia Nakamura e Raquel Balarin)

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