Logística

Fundo investe no setor ferroviário

<P>O GP Logística tem como cotistas os fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Fibra (Itaipu), além da Fundação Atlântica, o BNDES e o Banco do Brasil.<BR><BR>Foram captados R$ 462 milhões, ou 15% a mais que a meta...

Valor Econômico
31/08/2006 21:00
Visualizações: 653

O GP Logística tem como cotistas os fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Fibra (Itaipu), além da Fundação Atlântica, o BNDES e o Banco do Brasil.

Foram captados R$ 462 milhões, ou 15% a mais que a meta traçada pela GP. A formatação do fundo levou 18 meses. A administradora de recursos fez aportes de R$ 12 milhões. A alavancagem pode chegar a quatro ou cinco vezes o valor total do fundo.

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor, o primeiro negócio formatado pelo fundo, há um mês, é a aquisição de até 360 vagões ferroviários, que serão repassados via leasing à Agrenco, empresa do setor agrícola, e operados pela ALL Logística, maior concessionária ferroviária do país. O contrato é válido por 10 anos e a compra dos vagões está avaliada entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões. Procurada pelo jornal, a direção da Agrenco não se pronunciou. A ALL tem como principais sócios a GP a Funcef.

Os representantes do GP Logística não confirmaram o investimento. Muitos projetos estão sob análise e serão discutidos com o comitê gestor em breve, afirmou ao Valor Nelson Rozental, diretor da GP Administração de Recursos. Entre eles estão aportes em centros de distribuição, armazéns, silos, tancagem, dutos (granéis sólidos e líquidos), portos e retroportos e infra-estrutura ferroviária.

O leasing de vagões é uma modalidade que vem crescendo no Brasil. A japonesa Mitsui já tem cerca de 600 unidades arrendadas.

Para cada investimento será criada uma sociedade de propósito específico (SPE), com o objetivo de isolar eventuais riscos. São operações em que o fluxo de caixa futuro será aceito como garantia, disse Rozental.

Os ativos adquiridos podem ser reunidos, a longo prazo, numa única empresa de logística ou ainda vendidos isoladamente. O fundo terá um ciclo de 10 anos, renováveis por outros três.

Os recursos do GP Logística se juntam a outras carteiras poderosas, de mais de R$ 5 bilhões, que têm investido em projetos de infra-estrutura nos últimos dois anos. São fundos como o Brasil Energia (gerido pelo Pactual), Infra-Brasil (ABN Amro e Darby, voltado para obras pesadas) e o AG Angra (Andrade Gutierrez e Angra Partners, para projetos de saneamento). Esses FIPs também têm como principais investidores os fundos de pensão.

Cada fundo tem um foco específico e eles não vão competir entre si, de forma a não gerar conflitos com os cotistas e dirimir riscos, afirmou Rozental. De acordo com levantamentos da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), o Brasil carece de investimentos no setor de mais de US$ 30 bilhões por ano.

Os gargalos logísticos e a pouca oferta de recursos para essa área já fazem a GP pensar na formatação do Logística II. A captação deve iniciar em três anos, quando pelo menos 75% dos recursos do primeiro fundo já estiverem aplicados.

A Funcef é um dos principais cotistas dos fundos de infra-estrutura, com investimentos que beiram os R$ 800 milhões. É uma oportunidade de investimento interessante, uma vez que as taxas de juros menores reduzem nosso ganho, afirmou Guilherme Lacerda, presidente do fundo de pensão.

Ele também destacou que, ao lado das Parcerias Público-Privadas (PPPs), os fundos serão uma importante fonte de recursos para a infra-estrutura. Há uma necessidade grande de investimentos na área de infra-estrutura, que vão garantir emprego e têm potencial grande de sucesso.

Fonte: Valor Econômico(Patrícia Nakamura e Raquel Balarin)

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Mão de obra
Programa de Desligamento Voluntário é lançado pela Petrobras
03/11/25
Etanol
Preços do anidro e do hidratado registram alta
03/11/25
Evento
PPSA reúne CEOs para debater o futuro da indústria de ól...
03/11/25
Evento
Porto do Açu e Porto de Antuérpia-Bruges assinam carta d...
03/11/25
Transição Energética
Fórum Econômico França-Brasil discute transição energéti...
03/11/25
Energia Elétrica
MP do setor elétrico: Órigo Energia ressalta importância...
03/11/25
Posicionamento IBP
PLV 10/2025 prejudica o ambiente de negócios e coloca em...
03/11/25
OTC Brasil 2025
SLB destaca protagonismo e compromisso com a inovação, s...
31/10/25
OTC Brasil 2025
MEQ Energy Hub: Impulsionando o Desenvolvimento Empresar...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Foresea é vencedora do 8º Prêmio Melhores Fornecedores P...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 reúne mais de 23 mil pessoas no Rio de J...
31/10/25
Premiação
Empresa baiana atendida pelo Sebrae vence Prêmio Melhore...
31/10/25
Energia Solar
Axial Brasil inicia montagem de trackers solares em usin...
31/10/25
Bacia de Santos
bp avança nos planos para a significativa descoberta de ...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Seagems conquista pela quarta vez o Prêmio Melhores Forn...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil conecta potencial da Margem Equatorial a inve...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Nova versão do Painel Dinâmico de Emissões de Gases de E...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Porto do Açu e IKM avançam em parceria para criação do p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Ambipar participa da OTC Brazil 2025 com foco em soluçõe...
30/10/25
Fenasan 2025
Merax marcou presença na Fenasan 2025 com equipamentos p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Inteligência Artificial, CCUS e descomissionamento sinal...
30/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.