Redação TN Petróleo/Assessoria MME
O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou nesta segunda-feira (19/06), uma reunião com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para discutir o aumento da oferta de Gás Natural no País. Entre os pontos destacados na ocasião, estavam alternativas para ampliar o aproveitamento e escoamento de gás natural do pré-sal, de modo a incentivar a indústria que necessita deste produto como energético e matéria prima de seu ciclo produtivo.
Segundo o MME, essas propostas ajudam na redução da reinjeção de gás natural e dos preços ao mercado, prioridades para o governo, com foco na neoindustralização com geração de emprego e renda. Durante a reunião, foi apresentado o atual cenário de reinjeção de gás natural no país, que hoje é da ordem de 36 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d), apenas por razões econômicas (excluída a reinjeção associada ao gás carbônico misturado ao gás natural).
Também foram discutidas no encontro questões relacionadas ao preço do gás ofertado ao país. Estudos iniciais da EPE consideram viável que novos projetos consigam entregar gás natural às indústrias, no city gate, na faixa de 7 a 8 dólares por milhão de BTUs (US$/MMBTU), reduzindo em cerca de 50% os valores atualmente praticados.
O evento foi uma preparação para reunião do comitê do programa Gás para Empregar e contou com participação do Secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, o Diretor de Desenvolvimento da Indústria de Insumos e Materiais Intermediários do MDIC, Leonardo Durans, e a diretora de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, Heloísa Esteves.
Análise de cenário: Dos 140 milhões de m³ produzidos por dia (MMm³) nos campos brasileiros, 70 MMm³/dia são reinjetados. Segundo estudos da Petrobras, apresentados ao MME e à EPE, apenas metade desse volume realmente seria necessário para garantir a reinjeção técnica e produtividade da empresa. A parte adicional da reinjeção ocorre, atualmente, apenas por critérios econômicos das petroleiras que atuam no país.
Apenas o setor de fertilizantes nitrogenados precisa de um volume da ordem de 10 MMm³/dia para reduzir a dependência do agro brasileiro da importação de fertilizantes. Outros setores também podem se beneficiar desses volumes adicionais, sendo identificadas oportunidades na indústria petroquímica, cerâmica, vidros, siderurgia e outros.
Esses dados tornam, na opinião do MME, MDIC e EPE, ainda mais urgente a instituição de uma política nacional para melhor aproveitamento do gás natural, com foco no desenvolvimento da indústria nacional, garantindo segurança energética e alimentar para o país. Nesse sentido, o Ministério de Minas e Energia já instituiu o programa Gás para Empregar, fomentando a maior oferta de gás natural na costa brasileira, em busca de preços mais competitivos para o mercado brasileiro.
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