Redação TN Petróleo/Agência Safras
No painel "Perspectiva para o mercado de etanol até 2030", dentro do 14º Congresso Nacional da Bioenergia, o diretor geral da Indian Sugar Mills Association (ISMA), Abinash Verma, deu a visão da Índia para o tema proposto.
Conforme Verma, o programa de etanol da Índia está crescendo dentro de cinco pilares: aumento de renda para os agricultores, melhora a liquidez da indústria de açúcar, novas oportunidades de investimento, redução da importação de petróleo e, acima de tudo, melhora da qualidade do ar.
Segundo o diretor da ISMA, a Índia tem sido extremamente superavitária na produção de açúcar desde 2017, com a linha da oferta quase sempre acima da linha do consumo. Isso se deve basicamente à introdução de novas variedades de cana, muito mais produtivas. "Com isso, sem poder exportar totalmente o superávit para o mercado externo, passamos a acreditar que podemos direcionar mais açúcar para a produção de etanol, reduzindo a sobreoferta", disse Verma.
De acordo com dados da ISMA, o blend de etanol na gasolina na Índia, que era de 5% na safra 2019/20, que consumiu 1,73 bilhão de litros, deve quadruplicar até 2025,26, passando para 20%, com 10,16 bilhões de litros adicionados ao combustível fóssil. Por enquanto, a meta mais imediata é de um blend de 10% em 2022, e a média de 2020/21 deve ficar em 8,5%.
Em junho de 2021, o governo da Índia estabeleceu a antecipação da meta de E20 em cinco anos, de 2030 para 2025, incluindo projetos como a inauguração de centros de distribuição de E100 de forma experimental e a introdução de pesquisas para a produção de veículos flexíveis.
Na safra 2019/20, as usinas da Índia direcionaram 800 mil toneladas de açúcar para a produção de etanol, 2,1 milhões de toneladas em 2020/21, e a ISMA estima que 3,4 milhões de toneladas deverão ser desviadas em 2021/22. Já a meta para a temporada 2023/24 chega a 6 milhões de toneladas.
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