Avaliação das condições atuais da economia é pior que a verificada durante a crise de 2008.
Agência Indusnet FiespOs empresários das pequenas e médias indústrias do Estado de São Paulo estão pessimistas. O Índice de Confiança dos Empresários Industriais (Icei-SP) mostra valores em fevereiro próximos ao mais baixo nível da série histórica para ambos os portes empresariais. Para os pequenos industriais (empresas com 10 a 49 funcionários), o índice ficou em 30,5 pontos em fevereiro, com elevação de 1,9 ponto na comparação com janeiro e muito distante da estabilidade da confiança (50,0 pontos). Em dezembro de 2015 o indicador atingiu seu menor nível histórico: 27,3 pontos.
Os empresários da média indústria (50 a 249 empregados) também seguem pessimistas, com 32,8 pontos no Icei em fevereiro, 1,0 ponto acima do valor de janeiro (31,8 pontos). Apesar da elevação na passagem de janeiro para fevereiro, o indicador está 17,2 pontos abaixo da estabilidade da confiança e longe da média histórica de 47,5 pontos.
O resultado desse pessimismo é a estagnação da economia. “Não há crescimento sem confiança”, afirma Milton Bogus, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, e Média Indústria da Fiesp (Dempi).
Nas condições atuais da pequena indústria, na passagem de janeiro para fevereiro o indicador avançou 0,2 ponto, passando para 23,6 – ainda entre os menores níveis já registrados para a pequena indústria.
O índice de condições da empresa recuou de 26,6 para 26,0 pontos, indicando que a pequena indústria está pior que em janeiro. O indicador das condições da economia brasileira avançou, de 17,1 para 18,9 pontos, mas continua distante da média histórica (37,4 pontos) e da estabilidade (50 pontos).
Os empresários da pequena indústria seguem pessimistas com o futuro próximo. Nas expectativas para os próximos seis meses o indicador se mantém próximo a seus menores níveis históricos, apesar do pequeno avanço, de 31,7 pontos em janeiro para 33,9 pontos em fevereiro. Isso é reflexo de uma melhora no indicador de expectativas da economia brasileira, que avançou 4,0 pontos, para 27,4, e no de expectativas da empresa, que avançou 1,7 ponto, para 37,2.
Pior que em 2008
A avaliação das condições atuais para o empresário da média indústria mostra leve elevação na confiança. O indicador avançou 2,3 pontos, passando para 25,6 pontos em fevereiro, como reflexo do avanço na confiança das condições da economia brasileira, (13,6 para 17 pontos), e das condições da empresa (28,3 para 30,0 pontos). Apesar da pequena melhora, esses indicadores ecoam o pessimismo atual dos empresários industriais, pior que o verificado na crise de 2008, quando os piores níveis foram 47,7 pontos para as condições atuais, 44,6 pontos para as condições da economia brasileira e 49,4 pontos para as condições da empresa.
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