Santos

Marinha abre navios de guerra

<P>Os moradores de Santos podem se sentir mais protegidos de um ataque por mar neste final de semana. Mas não se trata da reativação da Fortaleza de Barra Grande contra a presença de piratas no porto. O motivo é a chegada de sete embarcações da Marinha Brasileira no cais, em visita à Cidade ...

A Tribuna - SP
28/07/2008 00:00
Visualizações: 202 (0) (0) (0) (0)

Os moradores de Santos podem se sentir mais protegidos de um ataque por mar neste final de semana. Mas não se trata da reativação da Fortaleza de Barra Grande contra a presença de piratas no porto. O motivo é a chegada de sete embarcações da Marinha Brasileira no cais, em visita à Cidade para divulgação do sistema de defesa do País por mar. Hoje e amanhã, as fragatas Independência, Niterói, Rademaker e Bosísio, as corvetas Frontin e Inhaúma e o navio-tanque Almirante Gastão Motta estarão abertos para visitação do público, de forma gratuita.

A Tribuna esteve na sexta-feira a bordo da Independência, um dos mais completos navios de guerra da esquadra brasileira. A fragata foi construída no Brasil em 1979 à semelhança da Niterói, de origem inglesa. Ambas estão atracadas no Cais da Marinha, entre os armazéns 27 e 29, na direção da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves.

Essas embarcações são capazes de combater alvos móveis ou estacionários em terra, no mar, no ar ou sob a linha d'água. Ou seja: aviões, helicópteros, navios, pequenos barcos e até submarinos podem ser visualizados e abatidos por quem estiver no comando do Centro de Operações de Combate (COC) da fragata.

O conjunto ofensivo da embarcação é composto por mísseis de defesa antiaérea, mísseis Boroc (com carga anti-submarinos) e Albatroz (que alcançam até 12 quilômetros de distância). Um dos canhões pode abater um alvo móvel a 70 quilômetros de distância. O sistema de ataque é composto ainda por um helicóptero aparelhado com mísseis e torpedos, capaz de atingir alvos submersos, flutuantes ou voadores.

A visualização de ameaças em potencial é realizada por meio de sonares (para identificação de submarinos) e radares (navios e aeronaves) com diversas finalidades. Entre os sistemas de defesa há o Chaff, capaz de criar uma nuvem antimíssel que confunde os radares inimigos e impede sua própria fixação como alvo. A fragata Independência foi reformada entre 1995 e 2005 e possui capacidade para 250 homens.

DEFESA NACIONAL

O comandante-em-chefe da esquadra, vice-almirante João Afonso Prado Maia de Faria, possui 44 anos de serviço militar e nunca viu o Brasil utilizar seus navios de combate. Para ele, é justamente pela existência de uma Marinha forte que o País mantém a sua soberania até os dias atuais.

A presença do estado é fundamental na Zona Econômica Exclusiva.Quando uma embarcação estrangeira ultrapassa a linha de 300 milhas da costa, nada a avisa de que está entrando em nosso território, além de seus próprios cálculos . É preciso que navios-patrulha fiquem posicionados nesse limite, mostrando a bandeira brasileira. Mas hoje a Marinha não tem recursos suficientes para fazer a devida defesa da área conhecida como Amazônia Azul, que possui incontáveis riquezas minerais e pesqueiras.

Segundo Prado Maia, a alcunha dada à zona contígua ao território nacional, no mar, tem a finalidade de despertar o interesse dos brasileiros para a importância da área, cuja soberania é mantida, na sua opinião, graças à existência da frota nacional de combate. Há quem defenda que o Brasil não deveria ter forças armadas, por ser um país pacífico. A única nação que não possui forças armadas é a Costa Rica, que não possui grandes riquezas. O Brasil não pode ficar sem defesa, especialmente após as últimas descobertas do País nos campos de petróleo.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22