O diretor de Engenharia Naval da Marinha do Brasil, contra-almirante Francisco Roberto Portella Deiana, revela a esta coluna que a Força Armada tem um ousado programa de reaparelhamento de meios navais. O fato mais conhecido é a construção de cinco submarinos em Itagua&ia
Monitor MercantilO diretor de Engenharia Naval da Marinha do Brasil, contra-almirante Francisco Roberto Portella Deiana, revela a esta coluna que a Força Armada tem um ousado programa de reaparelhamento de meios navais. O fato mais conhecido é a construção de cinco submarinos em Itaguaí (RJ), em associação com a francesa DCNS e com obras a cargo do grupo Odebrecht.
Por 6,7 bilhões de euros, a Marinha terá uma base e um estaleiro em Itaguaí e de lá sairão quatro submarinos do tipo Scorpéne, de tecnologia francesa. No mesmo local será feito o casco da quinta unidade, que será um submarino de propulsão nuclear, com tecnologia desenvolvida pela própria Marinha, em suas instalações de Aramar (SP). Todas as unidades deverão incentivar a indústria nacional e implicarão transferência de tecnologia.
A Marinha já recebeu o primeiro e está prestes a incorporar o segundo navio-patrulha de 500 toneladas, fabricado no cearense Inace. Essa segunda unidade deverá ser recebida antes de dezembro.
O Estaleiro Eisa, do Rio, está construindo quatro navios-patrulha de 500 toneladas para a Marinha. Cada navio-patrulha de 500 toneladas tem preço aproximado de R$ 80 milhões. Será lançado edital, este ano, para mais quatro a seis unidades. Até junho, deverá ser lançado edital para quatro navios oceanográficos fluviais, a serem usados na cartografia da Amazônia.
Um interessante programa está sendo concluído, em relação a navios- patrulha de 1.800 toneladas - cujo preço estimado é de R$ 230 milhões por unidade. A Marinha enviou cartas-consulta a estaleiros de renome de todo o mundo, solicitando preços para uma série desses navios, a serem feitos no Brasil e com transferência de tecnologia para o sócio brasileiro.
- Esse projeto é bastante interessante, pois deverá propiciar bons navios à Marinha e trará, para a comunidade brasileira, uma tecnologia de ponta - disse.
Em relação ao Arsenal de Marinha do Rio, comenta que está sendo revitalizado. O Brasil está virando a página em termos de tecnologia de submarinos, pois da frota de cinco unidades existentes, quatro foram feitos no Arsenal, com apoio de tecnologia alemã e, agora, parte-se para a francesa, em Itaguaí. O Arsenal está terminando a construção da corveta Barroso e de um navio-escolta de 2.400 toneladas, este já em fase final de provas, para ser incorporado.
Fonte: Monitor Mercantil/´ergio Barreto Motta
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