O volume de desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para exportações caiu 29%, para R$ 4,513 bilhões, nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano, na comparação com o período imediatamente anterior. A expectativa preliminar no banco é que estes financiamentos alcancem US$ 5 bilhões em 2008, 10% acima do valor liberado no ano passado. O recorde em volume de financiamento a exportações, no entanto, continua sendo o resultado de 2006: US$ 6,3 bilhões.
Nesta quinta-feira, o banco divulgou os dados sobre os desembolsos totais de fevereiro, que atingiram R$ 4,376 bilhões. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o banco liberou R$ 66,6 bilhões, 21% acima do período anterior. O valor é recorde. As aprovações em 12 meses somaram R$ 104,8 bilhões, 32% acima, e as consultas já somam R$ 138,5 bilhões, valor 28% superior ao registrado em igual período do ano passado.
Dentre os grande setores econômicos, os desembolsos até fevereiro cresceram 64% para infra-estrutura; 69% comércio e serviços e 52% agropecuária. No caso da indústria, a liberações encolheram 10%, performance influenciada, segundo o banco, pelo recuo nos financiamentos para as exportações.
Para o superintendente da área de Comércio Exterior do BNDES, Luís Antonio Dantas, pelo menos quatro fatores explicam a redução dos financiamentos às exportações. Segundo ele, os financiamentos no ano anterior para o setor automotivo foram altos e formaram uma base de comparação elevada. Além disso, houve liquidez de financiamento para as exportações em outras fontes e o banco passou o último ano formatando grandes projetos estruturados para exportação de bens e serviços, que só surtirão efeito nos próximos meses.
Nos últimos 12 meses, 18% do valor total liberado pelo banco seguiu para o segmento de transportes terrestres e 10% para a área de energia elétrica.
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