Segundo mês seguido de alta do preço da commodity.
O minério de ferro subiu 1,9% em julho e terminou negociado a US$ 95,60 por tonelada no mercado à vista da China. Foi o segundo mês seguido de alta do preço da commodity, que já havia registrado valorização de 2,2% em junho. O preço vem sendo puxado principalmente por uma melhora dos dados da economia chinesa.
Pelo quarto mês seguido, o índice dos gerentes de compras (PMI) da China, importante indicador da atividade industrial do país, tem sido positivo, o que favorece a cotação da matéria-prima do aço, já que as siderúrgicas chinesas são responsáveis por dois terços das importações globais.
Desde a metade de junho, quando o preço caiu para US$ 89 por tonelada, menor valor desde setembro de 2012, a melhora das perspectivas sobre a demanda chinesa ajudam o preço a subir. A percepção é a de que a China vai consumir o excedente de produção esperado para os próximos meses. O preço vinha sendo pressionado neste ano justamente por causa da expectativa de um grande volume adicional de minério ao mercado, com aumentos de produção no Brasil e na Austrália.
Também contribuiu para a melhora recente do preço do minério o fechamento de operações de diversas mineradoras chinesas, que têm custos altos de produção e não resistiram à queda do preço neste ano. Mesmo com a alta recente, o minério acumula queda de 29% em 2014.
Enquanto algumas mineradoras fecharam as portas, as maiores produtoras globais, como Vale, Rio Tinto, BHP Billiton e Fortescue Metals têm custos mais baixos de produção e continuam com boas margens mesmo com o minério mais barato. Na estimativa do governo australiano, as grandes empresas dos dois países devem ser responsáveis por 83% do comércio transoceânico no ano que vem, acima da fatia de 71% em 2012.
Em média, o minério de ferro foi negociado a US$ 96 por tonelada em julho, 3,5% acima da média de junho, mas 24,5% abaixo do valor do mesmo mês do ano passado, US$ 127 por tonelada.
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