O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou dois projetos de produção de biocombustíveis para a província de Sofala, centro do país, cujo investimento será de 158 milhões de euros, no âmbito da estratégia de redução da dependência energética.
O consórcio Zambeze Grown Energy Limited, com capitais privados de Moçambique e África do Sul, ganhou uma concessão de 15 mil hectares, no distrito de Chemba, província de Sofala, com o objetivo de produzir cana-de-açúcar para a geração de biocombustíveis, disse o porta-voz do Conselho de Ministros moçambicano, Luís Covane.
O consórcio vai produzir 100 milhões de litros de álcool por ano, num investimento estimado em mais de 158 milhões de euros.
“Dos 100 milhões de álcool que serão produzidos por ano, 10% serão vendidos no mercado interno e os restantes vendidos na Europa, Estados Unidos da América e Japão, enquanto a energia produzida será integrada na rede nacional”, acrescentou Covane.
O Conselho também concedeu à Enerterra, uma sociedade com capitais privados de Moçambique e de Portugal, uma concessão de 18.920 hectares no distrito de Cheringoma, província de Sofala, para a produção da jatrofa, uma planta reconhecida como apta para a produção de combustível.
A Eneterra pretende investir 37,5 milhões de euros no projeto, sendo que 90% da produção deverá ser exportada para a Europa e 10% vendidos em Moçambique.
Com a autorização concedida às duas empresas, são 14 as companhias envolvidas em investimentos para a produção de biocombustíveis no país africano.