Norskan Offshore, Aker Promar e Rolls-Royce assinaram o contrato de construção do AHTS 18.000 Norskan Botafogo com festa realizada no Iate Clube do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (07/12). O valor do contrato é de R$ 150 milhões e o navio ainda não possui contrato de operação.
Norskan Offshore, Aker Promar e Rolls-Royce assinaram o contrato de construção do AHTS 18.000 Norskan Botafogo com festa realizada no Iate Clube do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (07/12). O valor do contrato é de R$ 150 milhões e o navio ainda não possui contrato de operação. Segundo o gerente geral da Norskan, Hans Ellingsen, a postura de assumir o risco da embarcação está de acordo com a mentalidade norueguesa. "É por isso que a Noruega tem a terceira maior frota do mundo, mesmo sendo um país pequeno", comenta o armador.
O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, elogiou a postura da companhia e considerou uma prova de confiança na indústria naval brasileira a opção de risco da Norskan. "Espero que essa atitude estimule outros armadores a acreditarem no Brasil", discursou Victer.
Ainda sem contrato, o Norskan Botafogo poderá operar em qualquer lugar do mundo, poderá ter tripulação nacional e terá, seguramente, bandeira brasileira. "A Norskan é uma empresa do Brasil, ainda que o capital e a tecnologia sejam noruegueses", diz Ellingsen.
O Norskan Botafogo é o 17 º contrato assinado pelo Aker Promar, desde que o grupo Aker assumiu o controle do estaleiro Promar. Até o final de dezembro ou início de janeiro, o Promar estará entregando a 11º embarcação. Outros cinco barcos continuam em construção e o prazo de entrega do AHTS recém-contratado é de pouco mais de 20 meses, até o final de 2006, informou Waldemiro Arantes, vice-presidente do Aker Promar.
Ao comparar os preços apresentados por estaleiros brasileiros e noruegueses, Ellingsen, informou que o preço do Brasil foi 5% abaixo do preço norueguês. Por outro lado, o período de construção nacional supera em seis meses o prazo de entrega norueguês. Para o armador, no entanto, "a indústria naval nacional começou o zero, ainda passa por um aprendizado e precisa de tempo." Ellingsen afirmou que as embarcações construídas no Brasil têm a mesma qualidade das internacionais.
A filosofia de apostar na indústria local também começou a ser seguida pela Rolls-Royce desde 2000, quando a empresa começou a estrutura um programa de nacionalização. A estratégia habitual da Rolls-Royce é vender pacotes completos, incluindo projetos e equipamentos, que são construídos em fábricas já instaladas no mundo. No entanto, em 2001, a empresa começou a fabricar no Brasil através de empresas parceiras, informa o diretor comercial da Rolls-Royce Marine, Ronaldo Melendez, que acrescenta: "Hoje, tanques pressurizados, rodetes de popa e lemes, por exemplo, já são feitos por parceiros brasileiros." Segundo o executivo, a evolução deste processo de nacionalização deverá continuar até 2008. "Até lá creio que chegaremos a um bom patamar de nacionalização", avalia.
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