A plataforma de petróleo Vermilion Block 380, da americana Mariner Energy, explodiu ontem no Golfo do México, a 160 quilômetros da costa da Louisiana, nos Estados Unidos. Apesar do incêndio ainda não estar dominado hoje, segundo a Guarda Costeira local, a situação esta mais calma. Mesmo que não alcance a dimensão do caso da BP, o novo acidente poderá reforçar a decisão do presidente dos EUA, Barack Obama, de manter a moratória para a exploração de petróleo e gás no Golfo do México.
Os 13 funcionários da estrutura, que estava em manutenção, lançaram-se ao mar e foram resgatados pela Guarda Costeira. Apenas um deles se feriu.
A empresa informou que a explosão não causará um vazamento de petróleo similar ao da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum (BP), responsável pelo maior acidente ambiental da história dos EUA.
Porém, a empresa se esquivou de mencionar se um volume menor está sendo derramado no golfo. Em texto ao público, a empresa diz ter notificado as autoridades regulatórias americanas, além de estar trabalhando com elas para dar uma resposta a esse incidente. "A causa não é conhecida e será conduzida uma investigação", continua o texto.
Do ponto de vista técnico, o risco menor de vazamento é factível. Conforme o especialista Andy Radford, a Vermilion operava em águas rasas, ao contrário da Deepwater Horizon, o que tornaria mais fácil estancar um possível vazamento.
A explosão da Vermilion se deu a 105 metros da superfície. Além disso, as duas estruturas são diferentes. A da BP era uma plataforma de perfuração de poço. A da Mariner é de produção, portanto o óleo escoa com pressão controlável. Curiosamente, as duas estruturas estão separadas por apenas 128 quilômetros.
"Temos como reagir de imediato, caso venhamos a receber relatórios que confirmem a poluição das águas", antecipou-se o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. O governo americano foi acusado pela oposição de demorar a reagir no caso da BP, que resultou na morte de 11 funcionários (mais informações nesta página).
O acidente na Vermilion mobilizou sete helicópteros da Guarda Costeira, duas aeronaves e três embarcações de três Estados da costa. Até a última semana de agosto, quando entrou em manutenção, a plataforma extraía uma média de 9,2 milhões de metros cúbicos de gás natural e de 1,4 mil barris de petróleo por dia, de acordo com a empresa.