Petrobras

Os investimentos próprios previstos de 2017 a 2021 são de US$ 74,1 bilhões

A meta financeira estabelece que a dívida líquida da empresa seja equivalente a 2,5 vezes a sua geração de caixa em 2018. De acordo com o balanço anual de 2015, esse índice alcançava 5,3 vezes.

Redação/Agência Petrobras
20/09/2016 09:49
Os investimentos próprios previstos de 2017 a 2021 são de US$ 74,1 bilhões Imagem: Renata Melo, Firjan/Pedro Parente Visualizações: 560

“Nos próximos dois anos estaremos concentrados na recuperação da solidez financeira da Petrobras, como uma empresa integrada de energia que tem foco em óleo e gás. No horizonte total dos cincos anos desse planejamento, a nossa proposta é que a empresa tenha sido saneada, tenha padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente, mas realista, e capaz de investir e se posicionar nos processos de transição por que passa o mercado de energia no mundo”, disse o presidente da empresa, Pedro Parente.

A melhora nos indicadores de acidentes exigirá uma mudança cultural e de foco nas ações de segurança. Para isso, a Petrobras lançará um novo programa, o Compromisso pela Vida, que terá envolvimento direto das lideranças e será baseado num reforço de segurança de processos baseado em risco para garantir a integridade das instalações e sistemas da companhia, assim como um sistema de consequências para desvios de padrões e ações integradas.

Uma das principais ações para garantir que as metas sejam cumpridas será a adoção de novas ferramentas de gestão e gerenciamento de custos, especialmente o Orçamento Base Zero (OBZ). Por meio desse instrumento, os gastos da empresa serão revistos, mantendo as despesas consideradas essenciais para o negócio e evitando cortes lineares que prejudicam a operação.

Além disso, as metas de desempenho serão desdobradas até o nível de supervisores, com reuniões mensais de avaliação. A estimativa no Plano Estratégico é de uma redução de 18% em relação à primeira estimativa para esses gastos no período 2017-2021. Essas despesas totalizam US$126 bilhões. O corte é de cerca de R$ 27 bilhões em relação à estimativa inicial 2017-2021. Se a comparação for feita com o plano 2015-2019, que estava em vigor, a redução dos gastos operacionais é de aproximadamente R$ 16 bilhões ou 11%.

Novas parcerias e desinvestimento, somam US$ 19,5 bi

Além disso, o Plano mantém o ritmo intenso de parcerias e desinvestimentos que nos próximos dois anos deverão somar US$ 19,5 bilhões. Esse resultado deve ser atingido por meio de crescentes parcerias estratégicas na área de Exploração e Produção, além de Refino, Transporte, Logística, Distribuição e Comercialização. A Petrobras também sairá das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP, produção de fertilizantes e das participações em petroquímica. No segmento de gás, a estratégia é adequar a participação da companhia e, no setor de energia, reorganizar as participações societárias.

Os investimentos próprios previstos de 2017 a 2021 são de US$ 74,1 bilhões. Esse valor representa uma redução de 25% em relação ao plano anterior. O conjunto de investimentos gerados a partir dos projetos da Petrobras, no entanto, é estimado em US$ 40 bilhões nos próximos dez anos, o que demonstra que apesar do menor volume de investimentos, a companhia alavanca valores significativos por meio de sua atuação.

O segmento de Exploração e Produção absorverá a maior parte dos investimentos próprios da Petrobras, concentrando 82% dos recursos. A área de Refino e Gás Natural receberá 17% do total, enquanto as outras áreas da companhia responderão por 1%. A meta de produção no Brasil de óleo e líquido de gás natural foi fixada em 2,8 milhões de barris por dia (bpd) para 2021, considerando a entrada em operação de 19 sistemas de produção no período de 2010 a 2021.

A sustentabilidade de curva de produção da empresa vem sendo garantida pela combinação de melhoras crescentes no desempenho operacional e a aplicação de novas tecnologias. O tempo médio para construir um poço marítimo no pré-sal da Bacia de Santos era, em 2010, de aproximadamente 152 dias. Em 2016, esse tempo baixou para 54 dias, numa velocidade três vezes maior em relação a 2010.

US$ 8 por boe na extração

A economia de recursos obtida com avanços desse tipo assegurou um custo médio de extração abaixo de US$ 8 por barril de óleo equivalente, muito inferior à média da indústria, que oscila em torno de US$ 15/boe. Além disso, a alta produtividade dos poços já interligados aos sistemas de produção instalados no pré-sal já chega, por exemplo, a 25 mil barris por dia (bpd) por poço, volume muito acima do que era inicialmente projetado.

A carteira de projetos da Petrobras prevê para 2017 o primeiro óleo dos projetos de Tartaruga Verde e Mestiça, no pós-sal da Bacia de Campos, além de Lula Norte e Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos e do Teste de Longa Duração (TLD) de Libra. No ano seguinte, entrarão em operação Berbigão, Lula Extremo Sul, além de Búzios 1, 2 e 3, todos no pré-sal.

Em 2020, a projeção é a entrada em produção de Búzios 5, Piloto de Libra e Sépia – os três no pré-sal -, além do projeto de Revitalização de Marlim (Módulo 1), no pós-sal da Bacia de Campos. Por fim, em 2021, está previsto o primeiro óleo do projeto de Revitalização de Marlim (Módulo 2) e do projeto integrado Parque das Baleias – ambos na Bacia de Campos -, além de Itapu e Libra 2.

Buscando garantir a geração de valor estabelecida como um dos princípios de sua atuação, a Petrobras seguirá a estratégia de garantir a disciplina do uso de capital e retorno aos acionistas em todos os projetos, com alta confiabilidade e previsibilidade. Também buscará garantir a sustentabilidade da produção de petróleo e gás pela incorporação de volumes já descobertos, mantendo a disciplina no uso de capital.

Empresa de energia

No horizonte do plano estratégico 2017/2021, a Petrobras terá consolidado sua recuperação financeira, com garantia de produção crescente e capacidade para elevar investimentos. O futuro de mais longo prazo desenha uma companhia com uma trajetória prudente e sustentável, guiada por lógica empresarial e ética, com visão de longo prazo nas áreas financeira, ambiental e social. Será uma das melhores empresas para se trabalhar e onde o mérito é a base de reconhecimento e desenvolvimento. A Petrobras continuará a ser a maior companhia integrada de energia do Brasil, de petróleo e gás e crescente participação de energias alternativas.

 

 

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