Estimativa

Países ricos poupam US$ 200 bi com baixa das commodities

Valor Econômico
12/01/2009 03:58
Visualizações: 123 (0) (0) (0) (0)

A queda nos preços de matérias-primas como petróleo, alumínio e cobre já resulta numa economia de pelo menos US$ 200 bilhões para os países industrializados, de acordo com estimativa feita na Organização Mundial do Comércio (OMC).

 

Michael Finger, economista-sênior da entidade, diz que essa baixa na conta das importações representa na prática um "pacote de estimulo adicional" aos planos de gastos de US$ 1,5 trilhão anunciados pelos governos nos Estados Unidos, Europa, Japão e também China para reativar as suas economias.

 

Para Finger, a diferença é que a queda nos preços das commodities tem efeito imediato para a economia real dos países importadores líquidos de petróleo e metais, com custo menor para a combalida produção e para os consumidores atordoados com a crise.

 

Por sua vez, o maior impacto de boa parte dos planos de estímulo dos governos só deverá vir no segundo semestre, e não há garantias de que todos os gastos anunciados vão ocorrer.

 

Os preços de petróleo e metais estão ligados ao ciclo econômico, e a tendência era mesmo de queda em plena recessão mundial. Mas o desastre econômico seria maior nos países industrializados se não tivesse ocorrido a reviravolta nos preços em tão pouco tempo, avalia Finger.

 

A estimativa de economia de US$ 200 bilhões leva em conta comparação com a média de preços das commodities em 2007 e é a mais conservadora e a preferida pelos economistas mais prudentes. Outro calculo chega a cifra muito maior, de US$ 700 bilhões, quando se compara o pico dos preços em meados de 2008 com a cotação mais baixa das matérias-primas no final do ano.

 

O preço do barril do petróleo chegou a subir 86% na metade de 2008, em comparação com 2007, mas terminou o ano custando 24% a menos do que a média do ano anterior. No caso do cobre, alcançou pico de 22%, para terminar o ano com queda de 48% também em relação a média de 2007. O carvão industrial chegou a aumentar 174% na metade do ano, mas baixou para 40% ao final do ano.

 

Não foi levado em conta a variação de preços dos produtos agrícolas. E nem o impacto sobre os países produtores, como a Rússia, Chile e outros, que também tentam reativar suas economias.

 

Cifras assustadoras de queda no comércio internacional estão surgindo todos os dias, mas as organizações internacionais continuam a trabalhar no momento com contração de 4% do comércio global para 2009, comparado a expansão acima de 3% no ano passado. A conjuntura, no entanto, é tão incerta que as projeções vêm sendo revisadas com freqüência. Agora há expectativa de novos números sobre a economia global, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve divulgar semana que vem.

 

Para o economista-sênior da OMC, a queda continuará muito grande no comércio internacional porque as empresas continuam reduzindo os estoques e suspendendo novas encomendas. Mas ele nota que a redução das trocas em volume é menos dramática que a queda em valor, influenciada pela valorização do dólar.

 

Finger acredita que a situação pode se estabilizar nos próximos meses, dependendo da implementação dos planos de estímulo nos países industrializados.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pessoas
BRAVA Energia anuncia Carlos Travassos como novo Diretor...
28/04/25
OTC 2025
Indústria brasileira vai à OTC 2025 buscando ampliar sua...
28/04/25
Energia Elétrica
Mês de maio tem bandeira amarela acionada
28/04/25
Energia Elétrica
Prime Energy expande atuação em Minas Gerais
28/04/25
Resultado
PPSA encerra 2024 com lucro de R$ 28,8 milhões
28/04/25
Seminário
Estaleiro Mauá realiza Seminário Soluções e Inovações de...
28/04/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana em baixa
28/04/25
Etanol
MG deverá colher 77,2 milhões de toneladas de cana na sa...
28/04/25
Bunker
Petrobras e Vale celebram parceria para teste com bunker...
25/04/25
Pessoas
Thierry Roland Soret é o novo CEO da Arai Energy
25/04/25
Combustível
ANP concede autorização excepcional para fornecimento de...
25/04/25
Sísmica
ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
25/04/25
RenovaBio
Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de...
25/04/25
Bacia de Santos
Oil States do Brasil fecha novo contrato com a Petrobras...
24/04/25
Oportunidade
Últimos dias para se inscrever no programa de estágio da...
24/04/25
ESG
Necta Gás Natural reforça compromisso com princípios ESG...
24/04/25
Investimentos
Bahia vai receber fábrica de metanol e amônia verdes e o...
24/04/25
Pré-Sal
Parceria entre CNPEM e Petrobras mira uso do Sirius para...
24/04/25
Meio Ambiente
Porto do Açu e Repsol Sinopec Brasil assinam acordo para...
23/04/25
Combustíveis
Gasolina em Alta: Como o Preço do Petróleo e do Dólar In...
23/04/25
Diesel
Após reajuste da Petrobras, preço do diesel volta a cair...
23/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22