Logística

Parceria beneficiará logística fluvial

<P>Rio Tinto e Marinha brasileira firmaram, nessa segunda-feira (19), importante parceria de cooperação técnica com o objetivo de aprimorar o processo de avaliação das dimensões máximas de comboios fluviais que operam no trecho brasileiro do Rio Paraguai. O convênio visa aperfeiçoar e torna...


21/03/2007 00:00
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Rio Tinto e Marinha brasileira firmaram, nessa segunda-feira (19), importante parceria de cooperação técnica com o objetivo de aprimorar o processo de avaliação das dimensões máximas de comboios fluviais que operam no trecho brasileiro do Rio Paraguai. O convênio visa aperfeiçoar e tornar mais eficaz a navegabilidade e logística do rio, por onde escoa sua produção de minério de Corumbá, Mato Grosso do Sul, até o porto de San Nicolas, na Argentina.

A partir da parceria, a Rio Tinto investirá US$ 100 mil no desenvolvimento do Sistema de Posiçionamento Dinâmico (DP), fabricado em escala nacional pela empresa brasileira Symmetry, que, acoplado ao simulador naval da Marinha, dará suporte de ponta para o desenvolvimento de técnicas e procedimentos de avaliação operacional de hidrovias, portos e terminais, testes regulares de novas tecnologias para o setor de logística fluvial e marítima, além de permitir a capacitação de profissionais do setor náutico.

O sistema será instalado no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), de propriedade da Marinha, no Rio de Janeiro. Além da própria Marinha, a TBN, empresa do Grupo Rio Tinto, e companhias de transporte marítimo, fluvial e navegação off-shore poderão usufruir da nova tecnologia. Será possível, por exemplo, simular uma tentativa de atracar navios em encostas de difícil acesso ou verificar o ganho de velocidade e poder de manobra que um novo propulsor permitirá a determinada embarcação.  

A iniciativa do convênio é parte dos esforços da Rio Tinto no sentido de contribuir para a expansão e melhoria da logística fluvial no país e gerar desenvolvimento econômico e social para o Mato Grosso do Sul e, em especial, para o município de Corumbá. Além disso, ao favorecer a navegação no Rio Paraguai e estimular o uso do transporte fluvial, a Rio Tinto colabora com a redução do fluxo de carretas nas rodovias, e com a conseqüente diminuição das emissões de gases poluentes na atmosfera.
  
“A Rio Tinto está trazendo ao Brasil as melhores práticas de navegação fluvial e segurança disponíveis no mundo”, reforçou o Diretor de Relações Externas da empresa, Eduardo Rodrigues. Segundo o executivo, atualmente muitas empresas brasileiras enviam seus funcionários ao exterior para participação em treinamentos com esta tecnologia. “O convênio da Rio Tinto com a Marinha possibilitará que este treinamento seja realizado aqui mesmo no Brasil, totalmente em linha com o que há de mais moderno em tecnologia aplicada à logística de navegação mundial”, conclui. 

Com a aplicação de novas tecnologias na área de transporte fluvial, a Rio Tinto estudará a ampliação dos comboios que transportam o minério até a Argentina, atualmente compostos por um rebocador e 20 barcaças, o que permitiria um uso mais eficiente do rio Paraguai no seu estado natural, bem como o possível aumento da produção da mina da Mineração Corumbaense (MCR), empresa do Grupo Rio Tinto. Pesquisas feitas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e viagens experimentais realizadas com a presença da entidade indicam que, mediante certas condições, é possível navegar com segurança e sem danos ambientais com comboios formados por até 30 barcaças. 

Espera-se para o segundo trimestre de 2007, a chegada de um “Comboio Piloto”, equipado com propulsão do tipo azimutal, poder de giro de  360º e um barco auxiliar de proa, que já utilizará o sistema de controle integrado baseado no Sistema de Posiçionamento Dinâmico. O mecanismo será fundamental para proporcionar maior dirigibilidade na condução dos comboios, além de outras vantagens como a criação de rotas e consulta de cartas náuticas apresentando as estruturas submarinas e de superfície da costa brasileira.

Criada, em 1994, para transportar o minério de ferro produzido pela Mineração Corumbaense (MCR), empresa do grupo Rio Tinto no país, a TBN (Transbarge Navegación), que tem capacidade atual de transporte de cerca de um milhão e meio de toneladas anuais, é considerada modelo de eficiência, segurança, responsabilidade social e respeito ao meio-ambiente. A empresa tem sua sede em Assunção, no Paraguai.
 
Com um investimento total de US$ 55 milhões desde a sua criação, a TBN possui cinco empurradores e 80 barcaças, que transportam, em sistemas de comboio, o minério de ferro pelos 2.300 quilômetros dos rios Paraguai e Paraná. O carregamento é feito no Porto Gregório Curvo, em Corumbá (Mato Grosso do Sul), e segue até San Nicolas (Argentina), onde é consumido ou exportado para a Europa, principalmente para a Bélgica. Cada barcaça pode carregar entre 1.800 e 2 mil toneladas de minério de ferro. Um comboio composto por 20 barcaças chega a transportar 40 mil toneladas.

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