Porto de Suape

Petrobras abre propostas para refinaria em PE

<P>A Petrobras concluiu a abertura dos envelopes com as propostas para os quatro maiores sistemas operacionais da refinaria Abreu Lima, localizada no Porto de Suape, em Pernambuco. Somente um dos sistemas, a unidade de coqueamento retardado, que permite produzir maiores quantidades de derivados nobr

Valor Econômico
15/12/2008 00:00
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A Petrobras concluiu a abertura dos envelopes com as propostas para os quatro maiores sistemas operacionais da refinaria Abreu Lima, localizada no Porto de Suape, em Pernambuco. Somente um dos sistemas, a unidade de coqueamento retardado, que permite produzir maiores quantidades de derivados nobres refinando óleo pesado (de baixa qualidade), teve a melhor proposta cotada em R$ 5,97 bilhões, equivalentes a US$ 2,53 bilhões pelo câmbio comercial de sexta-feira, o que corresponde a 56% do valor de US$ 4,5 bilhões previsto para o total da refinaria. A proposta foi apresentada pela Camargo Corrêa.

Pelos preços apresentados, o mercado estima que a refinaria ficará mais cara do que o previsto. O pacote da unidade de coqueamento retardado (UCR) inclui também as unidades de tratamento cáustico regenerativo (TCR) e o pátio de manuseio de coque. Em segundo lugar, depois da Camargo Corrêa, ficou a proposta do consórcio UTC-Engevix, seguido das empresas MPE e de uma parceria entre Construtora Norberto Odebrecht/OAS, que ofereceram preços maiores para realizar a obra.

Fontes do setor disseram que outras propostas para os grandes sistemas da refinaria também foram abertos entre quarta e sexta-feira da semana passada. Os pacotes incluem a implantação da unidade de destilação atmosférica (UDA) e da unidade de hidrotratamento (UHDT), além dos serviços de interligação entre as diferentes unidades.

Segundo executivos do setor, a estação de tratamento de dejetos industriais teve a melhor proposta apresentada pela paranaense Passareli (R$ 1,1 bilhão). O parque de tancagem da refinaria, que vai processar 200 mil barris diários de petróleo pesado do Brasil e da Venezuela, foi licitado em dois sistemas. Um deles teria sido ganho pelo consórcio Techint-Confab/Usimec, com preço de R$ 560 milhões. E o outro teve a melhor proposta apresentada pela Alusa, Tomé e Galvão Engenharia, no valor de R$ 810 milhões.

O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, responsável pela área de refino, disse que em aproximadamente 15 dias as comissões de licitação instituídas para cada pacote irão examinar as condições de cada consórcio vencedor, todos pré-habilitados, e a viabilidade econômico-financeira (preço e condições de pagamento) das propostas vencedoras. A seguir será elaborado relatório à diretoria da Petrobras. Dentro desses 15 dias já está o prazo de cinco dias a partir da abertura das propostas para a interposição de recursos pelas partes derrotadas na proposta comercial.

Costa não quis fazer considerações sobre os preços, nem dos pacotes e nem da refinaria. Argumentou que as comissões de licitação têm seus parâmetros e irão definir os vencedores definitivos com base nesses critérios. A estimativa é de que os contratos possam ser assinados em até 90 dias. Não sei se os preços estão bons ou ruins, desconversou o executivo.

Segundo o diretor da estatal, embora a obra de terraplanagem, em execução, tenha sofrido atraso em decorrência do excesso de chuvas no período de março a outubro deste ano, o cronograma da refinaria está em dia e no segundo semestre de 2010 a unidade de destilação atmosférica começa a operar, produzindo derivados de petróleo. Devem ficar para 2011 a unidade de coqueamento retardado e a unidade de hidrotratamento.

Esta última é a que permite a produção de combustíveis, como óleo diesel e gasolina, com baixos teores de poluentes. Segundo Costa, a refinaria Abreu Lima irá produzir exclusivamente diesel S-10, com 10 partes por milhão (ppm) de teor de enxofre a partir de 2011. A partir de 2012, todos os ônibus e caminhões novos do Brasil irão usar diesel com 10 ppm de enxofre.

Ele disse também que já em fevereiro de 2009 será proposta ao mercado a primeira licitação da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que vai processar 150 mil barris de óleo pesado por dia a partir do final de 2012, com ênfase na produção de produtos petroquímicos. Em abril, o executivo espera colocar na rua a licitação da unidade de coqueamento do Comperj.

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