Companhia também falou sobre investimentos em unidades de produção de campos maduros com perspectiva de utilização até 2050.
Redação TN Petróleo/Assessoria FirjanA Petrobras se prepara para explorar, no ano que vem, novos poços do pré-sal que poderão ser "o futuro da Bacia de Campos" – além de uma série de investimentos na revitalização dos campos maduros e no descomissionamento de antigas plataformas. A informação foi transmitida em 12/6 pelo gerente-geral da Unidade de Negócios da Petrobras na Bacia de Campos (UN-BC), Alex Murteira Celem, durante a palestra "Perspectivas Regionais" do Macaé Energy, evento correalizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Sebrae RJ e Prefeitura de Macaé, que termina hoje município do Norte Fluminense entre após de três dias de intensos debates sobre o futuro do petróleo, gás natural e as novas energias no estado e no país.
O painel contou com uma mensagem especial, via vídeo, da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que também é vice-presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan. "A região Norte Fluminense sempre teve uma enorme relevância para o setor de óleo e gás e a nossa cadeia de fornecedores, sediando parte significativa da nossa produção e logística. Tenho certeza de que este evento representa um marco da retomada de Macaé e de toda a região, tornando-se um centro de discussões sobre o nosso setor e consolidando a cidade como um hub de negócios para o mercado", disse Magda.
O gerente-geral da UN-BC Petrobras, destacou três blocos adquiridos pela companhia na Bacia de Campos, que começarão a ser explorados no primeiro semestre de 2025: Forno, Água Marinha e Norte de Bravo. "Vamos perfurar o primeiro poço exploratório em águas marinhas no pré-sal da Bacia de Campos, e temos muita esperança, pelo conhecimento que temos da área, de ser o futuro da bacia", disse Celem.
Ele também comentou sobre duas novas unidades, que vão chegar à Bacia de Campos, com capacidade de produzir 20% a mais do que se produzia até então, além de reduzir em 55% as emissões de gases do efeito estufa. O Plano de Renovação da Bacia de Campos prevê ainda investimentos para quase dobrar a atual produção de petróleo na região até 2028, além de diversas ações de descomissionamento que vão movimentar US$ 26 bilhões. "É um novo mundo, um novo negócio que se abre, e só está começando. A Bacia de Campos está voltando a ser olhada pelo planeta, a mostrar sua pujança, e se destacando de novo pelo desenvolvimento tecnológico com a revitalização dos campos maduros", concluiu.
O coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, Gualter Scheles, comemorou os investimentos e reafirmou a importância da companhia no desenvolvimento do município e da região. "Nós queremos esse protagonismo e assumimos esse protagonismo. Precisamos reverberar o que vem sendo discutido aqui neste evento. É uma das principais atividades econômicas do país, e é preciso que tenhamos segurança jurídica para que possamos ajudar cada vez com o desenvolvimento socioeconômico", destacou.
Geração de energia elétrica a partir de gás
O painel contou também com as apresentações de Fábio Rodrigues, gerente do Projeto UTE Marlim Azul, da Arke Energia, que falou sobre a nova usina termelétrica prevista pela empresa, usando gás natural do pré-sal. Com a concretização da Marlim Azul 2, as duas UTEs devem gerar até 565 MW.
Rodrigues destacou que essa nova unidade é diferenciada e mais sustentável, ao passo que faz uso de tecnologia de torres secas implementada, reduzindo o uso de água no processo de geração de energia.
O diretor de Operações da EDF Brasil, Jean-Philippe, participou do painel apresentando a atuação da multinacional em diversos segmentos do mercado de energia. Operando atualmente na região com a UTE Norte Fluminense, a EDF Brasil também possui projeto para implementação da Norte Fluminense 2.
Phillipe também destacou as participações nos novos leilões de capacidade e o recente investimento no segmento de transmissão de energia, visando a transição energética e a integração das novas energias geradas em todo o país.
A atuação em conjunto com atores para a evolução regulatória no mercado de gás natural, também foi destaque em sua apresentação. Com o possível avanço do Projeto Rota 5 e a previsão de maior oferta de gás natural na região, a EDF destacou a viabilização de novos projetos e continuidade de desenvolvimento do ecossistema de empresas no norte fluminense ligadas ao gás natural, além da contribuição para decisão de investimentos de diversas empresas.
O Macaé Energy, de 11 a 13 de junho, tem o patrocínio da Martinelli Advogados, Perbras, EBSE, 3R Petroleum, Ouronova e EDF. Assim como apoio institucional, da Firjan SESI, Ministério de Minas e Energia (MME), ANP, EPE, Governo do Estado do Rio, por meio da SEENEMAR, IBP, Abespetro, ABPIP, ONIP, Abimaq, Rede PetroBC, ATGás, Great, IADC e Selva Brasil.
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