Biocombustíveis
Jornal do Commercio
A Petrobras pretende ser um participante (player) global na área de biocombustíveis, na qual investirá US$ 3,3 bilhões entre 2009 e 2013, disse ontem o diretor da Petrobras Biocombustíveis, Ricardo Castello Branco. Ele explicou que 80% desses investimentos estarão voltados para o álcool combustível (etanol).
Castello Branco afirmou que a Petrobras se prepara para “um mundo sem petróleo” e o objetivo da empresa é figurar entre os cinco maiores produtores de biocombustíveis do mundo até o fim de 2020. Ele adiantou que a Petrobras está “em discussões” para a produção de biodiesel na África e lembrou que a empresa já tem negócios em desenvolvimento, na área de etanol, em alguns países da América Latina.
“A estratégia da Petrobras é ser um player global, participando de forma relevante no mercado mundial de biodiesel e etanol”, disse o executivo, durante seminário internacional de energia realizado ontem no Rio.
Segundo ele, o etanol no Brasil tem preço competitivo em relação ao barril equivalente de petróleo cotado em torno de US$ 40, mas no caso do biodiesel “a sociedade vai ter de pagar mais caro se quiser essa alternativa e o Brasil está disposto a isso”.
Ainda de acordo com Castello Branco, alguns pontos-chave para a Petrobras, no que diz respeito aos biocombustíveis, são o desenvolvimento da agricultura familiar de forma sustentável e com retorno econômico e evitar a competição com a produção de alimentos.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou ontem no Diário Oficial da União resolução que aumenta de 3% para 4% a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel. A determinação passa a valer a partir de 1º de julho. A previsão do Ministério de Minas e Energia é de que com os 4% de mistura, a produção de biodiesel deverá subir de 1,2 bilhão de litros do ano passado para 1,8 bilhão de litros este ano.
“De acordo com a resolução, essa adição de biodiesel ao diesel não exigirá alteração dos motores nem da frota veicular em circulação. Em termos ambientais, segundo a resolução, a ampliação do uso do biodiesel reduzirá a participação do óleo diesel na matriz energética, “um combustível eminentemente fóssil”, contribuindo para a diminuição das emissões de poluentes veiculares nos centros urbanos e nas rodovias.
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