INFOENER/ Gazeta Mercantil
Apesar dos avanços nos preços internacionais do petróleo, a Petrobras reafirmou na sexta-feira (14) que sua política de reajuste para a gasolina e o óleo diesel vendidos no Brasil não deverá ser alterada no curto prazo. Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da estatal, "o preço do barril do petróleo no mercado externo não reflete a capacidade de oferta e demanda do produto, e a Petrobras não tomará qualquer atitude, no momento, em relação a mudança de preço".
Costa destacou a maior demanda interna por etanol, devido ao aumento nas vendas de carros bicombustíveis, o que leva a empresa a ter ainda mais prudência em relação a aumento da gasolina, sob o risco de perder mercado. "No caso especifico da gasolina é preciso fazer uma avaliação não só de ponto de vista do preço pontual do barril do petróleo, mas também sobre o comportamento dos preços do concorrente direto, que hoje é o álcool. Não faz sentido nós aumentarmos o preço da gasolina de forma abrupta se com isto perdemos ainda mais mercado para o álcool combustível", afirmou.
Álcool x Gasolina
Durante a solenidade de assinatura de convênio com o governo estadual para garantia do fornecimento de água para as obras de implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o executivo da Petrobras não descartou a possibilidade de ocorrer neste ano "um volume de venda de álcool superior ao da gasolina". E explicou: "Temos uma frota crescente de carros flex, que hoje atinge 20% a 22% do mercado, além do percentual de adição de 25% do álcool à gasolina. Então há uma tendência real de um aumento da demanda por etanol".
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