Meio Ambiente

PL define setores para a emissão de debêntures verdes no Brasil

Iniciativa, que está na Comissão de Meio Ambiente do Senado, visa incentivar o lançamento desses títulos para encontrar recursos para projetos relacionados à economia de baixo carbono

Redação TN Petróleo/Assessoria
15/04/2024 15:53
PL define setores para a emissão de debêntures verdes no Brasil Imagem: Divulgação Visualizações: 1908 (0) (0) (0) (0)

A consultoria S&P Global Ratings estima que, em 2024, a emissão das debêntures verdes deve atingir US$ 1 trilhão. De acordo com o balanço, quase 80% desse mercado ainda está restrito aos países mais desenvolvidos, onde a renda é mais elevada. Nesse sentido, O Projeto de Lei 4.464/2021, que está sendo analisado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado, prevê o incentivo à emissão de debêntures verdes para projetos de investimento em desenvolvimento sustentável.

Também conhecidos como green bonds, as debêntures verdes são títulos de renda fixa emitidos para captar recursos para implantar ou financiar projetos favoráveis à transição energética e à economia de baixo carbono. Essas iniciativas costumam beneficiar o meio ambiente ou mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas.

"As debêntures verdes são reconhecidas por serem ativos de longo prazo, que atraem investidores, fundos de pensão e outras empresas interessadas em investimentos alinhados com práticas sustentáveis", explica Nahima Razuk (foto), sócia do escritório Razuk Barreto Valiati. "Projetos desse tipo trazem mais segurança jurídica e, ao mesmo tempo, fomentam iniciativas por parte do poder público e de outras entidades que tenham impacto positivo ao meio ambiente", ressalta.
 

Incentivos para diversas áreas
O PL estabelece uma série de projetos que seriam enquadrados entre os green bonds. Entre eles, alguns projetos sustentáveis que se enquadram nesta categoria: geração, transmissão e distribuição de energia renovável; eficiência energética; prevenção e controle de poluição; proteção de ecossistemas, recuperação de áreas degradadas e restauração de recursos ambientais; agropecuária sustentável de baixo carbono; transporte limpo e adaptação, preparação e resposta às mudanças climáticas.
Debêntures verdes do governo brasileiro

No ano passado, o governo brasileiro emitiu o equivalente a US$ 2 bilhões em debêntures verdes, com taxa de retorno de 6,5% ao ano para os investidores.

Existe, ainda, uma demanda reprimida a este respeito no mundo. O livro de ordens de compra da ação do governo brasileiro atingiu US$ 6 bilhões – ultrapassando o volume disponível para aporte. Nesse contexto, existem muitas empresas interessadas em investimentos nesta área, especialmente pelo avanço e disseminação do ESG e das novas exigências de consumidores, inclusive, em aspectos de sustentabilidade.

"Muitas organizações têm a necessidade de investir nesses setores para se enquadrarem nos requisitos de ESG e encontrarem mecanismos para mitigar o seu impacto no meio ambiente. Para o Brasil, trata-se de uma excelente oportunidade, especialmente pela importância global do Brasil na proteção do meio ambiente e considerando os projetos que podem envolver ecossistemas únicos, como a Amazônia e o Pantanal", afirma Razuk.

A iniciativa ainda inclui a gestão sustentável de recursos hídricos, saneamento básico, manejo de resíduos sólidos urbanos, entre outros. "Com o intuito de o Brasil em ser destaque em projetos e práticas ambientais e na transição energética, este tipo de medida tende a ser bem-vista pelo mercado e até mesmo pelo poder público, especialmente por ser uma maneira objetiva de arrecadar recursos de forma segura e eficiente, com claro impacto ambiental e social", ressalta Nahima Razuk.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Brasil
ETANOL/CEPEA: Menor oferta sustenta preços em agosto pel...
02/09/25
Meio Ambiente
Brasol reduz emissões de GEEs em 72% e atinge marca de 7...
01/09/25
Combustível
Etanol anidro e hidratado registram alta na última seman...
01/09/25
Reconhecimento
Pesquisadora do Mackenzie conquista Prêmio Inventor Petr...
29/08/25
Combustíveis
IBP e FIESP debatem descarbonização da indústria rumo à ...
29/08/25
Etanol
Asprovac, afiliada da ORPLANA, passa a ter representação...
29/08/25
Royalties
Valores referentes à produção de junho para contratos de...
29/08/25
Gás Natural
BRAVA anuncia novo modal para venda de gás na Bahia
28/08/25
Combustíveis
ANP participa da operação Carbono Oculto, para coibir ir...
28/08/25
IBP
Posicionamento - Operações representam passo fundamental...
28/08/25
Subsea
OneSubsea entrega primeira árvore de natal molhada de Bú...
28/08/25
Offshore
MODEC firma parceria para desenvolver tecnologia inédita...
28/08/25
Energia Elétrica
Bandeira vermelha eleva custo da energia, mas associados...
27/08/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
IBP debate investimentos em infraestrutura e logística n...
27/08/25
ANP
Segunda etapa de audiência pública debate classificação ...
27/08/25
IBP
RELIVRE reafirma a competência federal referente à ativi...
27/08/25
Royalties
Valores referentes à produção de junho para contratos de...
27/08/25
ANP
Pesquisa, desenvolvimento e inovação: ANP atualiza Paine...
27/08/25
Seminário
PPSA abre inscrições para Seminário de Lançamento do Lei...
27/08/25
IBP
Carta Aberta em apoio à ANP na classificação de gasoduto...
27/08/25
Logística
Vast Infraestrutura inicia construção do parque de tanca...
26/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23