O Porto do Rio Grande atingiu em 2006 uma movimentação recorde, esse foi o anúncio realizado pelo superintendente do Porto do Rio Grande, Vidal Áureo Mendonça, durante coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (18), às 14h, na sede da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg). Ao todo o Porto gaúcho atingiu 22.509.047 toneladas, batendo o recorde anterior que era de 22,3 milhões de toneladas, obtidos em 2004. Com essa movimentação o porto registrou crescimento de 24,5%, em relação a 2005. O maior volume foi atingido no envio de mercadorias para o exterior, com 14.518.355 toneladas (+34,1%), reafirmando
a vocação exportadora do porto rio-grandino e sendo esse o maior volume já exportado na história do porto gaúcho. As importações também contribuíram para a grande movimentação, com suba de 10,2%, atingindo 7.990.692 toneladas.

RECORDE NA EXPORTAÇÃO DE CEREAIS:
O maior destaque de 2006 foi a movimentação de granéis sólidos, com crescimento
de 49,4%, atingindo 12.400.199 toneladas. A alta neste setor deve-se principalmente as exportações de granéis agrícolas que tiveram um aumento de 112,2%, com 6.982.883 toneladas operadas, número também recorde no histórico do porto gaúcho. Entre os granéis, a soja em grão continua sendo a de maior volume, conquistando o 1º lugar entre as cargas mais operadas no porto rio-grandino. Ao todo foram 3.542.401 toneladas de soja em grão destinadas ao mercado exterior, com crescimento de 657,4%. Os derivados da soja como o
farelo (+32,4%) e óleo (+46,59%) também contribuíram para elevar os números. O arroz,
assim como no ano anterior, destacou-se entre os granéis agrícolas, sendo sua movimentação 38,5% maior do que a de 2005, com 333.257 toneladas.

Na parte de granéis agrícolas também foi registrado aumento nas cargas recebidas do exterior, com índice positivo de 12,2%, totalizando 972.979 toneladas. A soja em grão, assim como nas exportações, também foi destaque na importação, atingindo 252.905 toneladas, com crescimento expressivo de 767,2%. Além disso, outra carga que obteve êxito neste segmento foi o trigo com 309.131 toneladas (+4,55%). Já as importações de óleo de soja que apresentavam queda até novembro, conseguiram reverter a situação e fecharam o ano com alta de 2,46%, atingindo 114.699 toneladas

A movimentação de granéis líquidos foi outra área que registrou incremento, chegando a 3.994.205 toneladas, num aumento de 19,7%. Já o segmento de carga geral, é o único que teve decréscimo, -5,03%, com 6.114.643 toneladas. 

CONTÊINERES:
Assim como a carga geral, a movimentação de contêineres também registrou pequeno decréscimo, com índice negativo de 5,8%, totalizando 635.752 Teu´s. A baixa na movimentação e explicável devido a gripe aviária e a febre aftosa, além do câmbio desfavorável as exportações e a greve dos caminhoneiros autônomos de Rio Grande. O Tecon Rio Grande, também obteve índice negativo com diminuição de 8,2% em suas operações. Na contramão, o Porto Novo registrou um grande acréscimo na movimentação de contêineres, com um aumento de 304,46% em suas operações, atingindo 21.020 Teu´s, a sua maior movimentação desde 2001. Além disso, o Porto Novo elevou sua participação de 0,77% (2005) na movimentação total de contêineres do Porto do Rio Grande para 3,31% (2006).

Entre as cargas conteinerizadas mais operadas no Porto do Rio Grande estão o fumo, ocupando mais uma vez o primeiro lugar, seguido pelo frango congelado, resina, móveis, sapatos, arroz, entre outras. 

RECORDE DE EMBARCAÇÕES:
O que se viu no ano passado foi uma grande movimentação de embarcações no cais do Porto do Rio Grande, atingindo um volume recorde de navios. Ao todo estiveram no porto gaúcho, 3.287 embarcações, 7,62% a mais do que no mesmo período do ano passado. O maior volume ficou para os navios de longo curso, com 1.619 unidades, suba de 8,4%. Na seqüência, vem a navegação interior com 1.462 embarcações, aumento de 6,1%. Por último, a cabotagem que se destaca não pelo volume, mas pelo crescimento, 11,9%, totalizando 206 unidades.

VEÍCULOS:
A movimentação de veículos fechou 2006 com o maior número de rodantes dos últimos seis anos. Volume superior de veículos só foi movimentado no final da década de 90, quando a montadora Ford importava veículos pelo Rio Grande do Sul. Entre importações e exportações o total movimentado foi de 20.035 veículos, um crescimento de 36,8% em comparação com 2005. As importações foram responsáveis pelo maior volume de veículos movimentados,
registrando o maior crescimento no setor de rodantes. Desembarcaram em Rio Grande, em 2006, 13.241 veículos, um aumento de 40,17%. O bom desempenho das importações deveu-se em grande parte aos desembarques da GM, impulsionados após o anúncio montadora, em agosto, de que iria aumentar suas importações pelo Porto do Rio Grande. Somente a movimentação do modelo Classic atingiu 11.641 unidades, com crescimento de 71,5%, sendo responsável por 87,9% das importações. O desembarque de caminhonetes da GM, modeloTracker, que não era realizado desde 2004, atingiu 1.060 unidades, auxiliando na alta das importações. Somente os desembarques de Ômega australiano é que registraram
decréscimo de3 38,2%, com 471 unidades.

As exportações também cresceram, com índice positivo de 21%, com uma movimentação de 6.794 veículos. Neste segmento, o Celta produzido em Gravataí (RS), foi o principal automóvel enviado para o exterior, registrando um volume de 1.590 carros, enquanto que em 2005 não houve registro deste tipo de carga. Os tratores também obtiveram êxito nas exportações, mesmo com o dólar desfavorável para essa atividade, com suba de 19%, chegando à marca de 4.432 unidades. Já as colheitadeiras não obtiveram o mesmo êxito, registrando queda 38,1 %, atingindo 514 unidades exportadas.

Segundo o superintendente do Porto do Rio Grande, Vidal Áureo Mendonça, as previsões de movimentação foram atingidas, mostrando que os investimentos realizados no Porto do Rio Grande nos últimos anos estão trazendo retorno. Com as obras previstas para os próximos anos, como o aprofundamento do calado e implantação de novos terminais no Porto do Rio Grande, acredito que seremos um Hub Port (porto concentrador de carga) e bateremos novos recordes. Para 2007 já vislumbramos um cenário otimista para o nosso porto com uma previsão de safra boa para o Rio Grande do Sul, o que reflete diretamente em nossa
movimentação, salientou Vidal.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Porto do Rio Grande