Investimento

Porto de Imbituba mira ampliação na área de acostagem para recebimento simultâneo de até 6 navios

Redação TN Petróleo/Assessoria
14/03/2023 13:59
Porto de Imbituba mira ampliação na área de acostagem para recebimento simultâneo de até 6 navios Imagem: Ícaro Braga Visualizações: 1001 (0) (0) (0) (0)

Para atender a crescente demanda de movimentação de cargas, a SCPAR Porto de Imbituba planeja investir em um pacote de melhorias visando aumentar o número de berços para atracação simultânea de até seis navios. Quando concluída, a ampliação tornará o Porto de Imbituba o maior de Santa Catarina em extensão acostável para embarcações, com aproximadamente 1,6 km de cais linear. Hoje, o complexo portuário conta com três cais e pode receber até quatro embarcações ao mesmo tempo.

Os planos de expansão devem se concretizar no médio prazo, mas já devem começar a se tornar realidade nos próximos 30 dias, com a perspectiva de início da recuperação e ampliação do Cais 3. As intervenções no Berço 3 estão em fase final de projeto executivo e significam a maior e mais importante obra até então realizada pela SCPAR, um aporte de mais de R$ 92 milhões, totalmente custeado pela Autoridade Portuária.

Com previsão de entrega em 2025, o reforço estrutural do Cais 3 alargará o berço e permitirá maior automatização, permitindo a instalação de novos equipamentos de movimentação de cargas, como shiploader. O Cais 3 receberá, também, dois dolfins, um de atracação e um de amarração, para viabilizar o recebimento de navios maiores, passando do limite atual de 205 metros (LOA) para embarcações com até 300 metros. Após a obra, o planejamento da SCPAR é realizar a dragagem de aprofundamento do local, equiparando a capacidade de calado máximo do Berço 3 a dos Cais 1 e 2, que possuem profundidade de 15 metros.

“As melhorias em que estamos trabalhando são fundamentais para que Porto de Imbituba permaneça na trajetória ascendente de participação na logística portuária e incluem tratativas simultâneas no campo estrutural, de acesso, otimização de áreas, automatização de processos e de gestão comercial do Porto”, avalia Luís Antonio Braga Martins, diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, que complementa, “nosso objetivo é elevar a qualidade do Porto de Imbituba, pensando na maior eficiência operacional na movimentação de cargas, sustentabilidade no dia a dia com a cidade e manutenção de baixo tempo de espera para atracação”.

Concomitante à obra do Cais 3, a Autoridade Portuária já finalizou o projeto básico e deve lançar ainda no primeiro semestre deste ano a licitação para contratar a empresa responsável pela instalação de um dolfim na ponta do Cais 2, passando para 700 m o Cais 1 e 2, que hoje têm juntos 660 m. A estrutura permitirá a atracação permanente de três navios, independente de suas características, diferente do que ocorre atualmente.

O diretor-presidente do Porto também adianta que está em fase de tratativa o processo de transformação da retaguarda do Cais 2, hoje não operante, em mais um berço de atracação, com cerca de 250 m, para operação exclusiva de navio graneleiro. A expectativa da Autoridade Portuária é atrair, pelo menos, R$ 30 milhões em investimentos da iniciativa privada para qualificação do local.

A SCPAR Porto de Imbituba começa a lançar ao mercado o início do desenvolvimento de projeto para implantação do Cais 6, com localização transversal aos berços existentes na atual área de atracação. “Ainda estamos em etapa inicial de análise da viabilidade desse projeto, mas o objetivo é possibilitar um atracadouro para navios de granéis líquidos e cargas gerais, deslocando a movimentação dessas cargas para um cais específico”, adianta Braga.

 

Investimentos complementares

O foco na área de acostagem é acompanhado por outras ações estratégicas da SCPAR Porto de Imbituba, como a recuperação e reforço do molhe de abrigo. Diferente das demais obras, que envolvem recursos da Autoridade Portuária e atração de investimentos privados, a intervenção no molhe será pleiteada pela SCPAR, em conjunto com a Secretaria de Articulação Nacional do Estado de Santa Catarina, para que a União, proprietária do porto organizado, forneça os recursos necessários.

Além dos avanços estruturais, a gestão do Porto também está focada no implemento de melhorias na automação e modernização dos processos de tecnologia da informação. Está prestes a reabrir processo de licitação do novo data center, para ampliar não apenas a capacidade de armazenagem e processamento de dados, como a segurança das operações. Está capacitando sua equipe em conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), avança no projeto do Gate Sem Parar, que busca agilizar a entrada de caminhões, com leitura facial do motorista, identificação de placas e importação de dados através de triagem preliminar, reduzindo a formação de filas nas portarias de entrada. Irá adquirir, ainda este ano, duas balanças rodoviárias eletrônicas, para aumentar o fluxo de pesagem de cargas, além de atuar na liberação, nos próximos 30 dias, de um novo gate de acesso na Portaria 2.

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