<P>O porto de Itajaí e o trecho catarinense do Gasoduto Brasil-Bolívia, atingidos pelas enchentes em Santa Catarina, devem voltar a operar em no máximo 20 dias. As estimativas foram feitas ontem pelos ministros Pedro Britto (Secretaria Especial dos Portos) e Edison Lobão (Minas e Energia).</P><P...
Valor EconômicoO porto de Itajaí e o trecho catarinense do Gasoduto Brasil-Bolívia, atingidos pelas enchentes em Santa Catarina, devem voltar a operar em no máximo 20 dias. As estimativas foram feitas ontem pelos ministros Pedro Britto (Secretaria Especial dos Portos) e Edison Lobão (Minas e Energia).
Segundo Britto, a prioridade na recuperação do porto será a dragagem da área. Ele acredita que, em no máximo 20 dias, o porto volte a operar. O governo já anunciou que vai liberar R$ 350 milhões para as obras de recuperação. O problema mais urgente é fazer a dragagem do canal de aproximação. Esperamos que entre 15 e 20 dias o porto comece a operar, afirmou. O ministro disse que em até três meses o porto estará funcionando com plena capacidade.
O gasoduto Bolívia-Brasil, por outro lado, deve ser reparado em duas semanas, segundo Lobão. O ministro disse que o Estado não está recebendo entre 2 e 4 milhões de metros cúbicos de gás. Dezenas de caminhões levam gás para o local diariamente. A tubulação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) está rompida desde 23 de novembro, prejudicando o envio de gás para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As obras do gasoduto, depois de suspensas por um dia por determinação da Defesa Civil, serão retomadas hoje. Em Santa Catarina, o fornecimento foi interrompido para cerca de 140 indústrias e 80 postos de gás natural veicular (GNV). No Rio Grande do Sul, o gás deixou de chegar a 87 indústrias, incluindo uma refinaria da Petrobras e 59 postos de GNV.
De acordo com a TBG, até a interrupção dos trabalhos, a empresa já tinha concluído a preparação do terreno e três tubos estavam prontos para serem soldados. Com a interdição, equipamentos ficaram no local esperando a liberação. Antes da interdição do local, a empresa previa a conclusão das obras em 15 de dezembro. Como alternativa, parte da indústria dos Estados está usando GLP (gás de cozinha), que precisa ser transportado por caminhão e tem maior custo, diz o presidente da SCGás (companhia de gás catarinense), Ivan Ranzolin.
O setor residencial e comercial de Santa Catarina pode ser abastecido por mais 25 ou 30 dias com o gás que ainda resta nas tubulações, afirma Ranzolin . Após esse prazo, o Vale do Itajaí e todo o Sul do Estado devem ficar sem abastecimento de gás natural.
Segundo boletim divulgado ontem pela Defesa Civil, o número de desalojados e desabrigados no Estado começa a diminuir e 9.587 pessoas já retornaram para suas casas. De acordo com o órgão, o número de pessoas desalojadas ou desabrigadas caiu de 78.701 para 69.114. Desse total, 21.219 estão desabrigados (dependem de abrigos) e 47.895 estão desalojados (hospedados nas casas de familiares e amigos). As chuvas provocaram 116 mortes e deixaram 31 pessoas desaparecidas.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou recomendação para que todos os recursos oriundos de cobranças judiciais em Santa Catarina, como multas, sejam remetidos ao Fundo de Defesa Civil. A idéia é que os recursos sejam revertidos em projetos de reconstrução do Estado especialmente nos municípios atingidos pelas enchentes.
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