<P>A decisão do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva de criar a Secretaria dos Portos para compensar o PSB de Ciro Gomes (CE), entregando a pasta ao ex-ministro da Integração Nacional, Pedro Britto, está provocando ruidosos protestos do PR (ex-PL). Em conversa com dirigentes do PMDB, na noite ...
A Tribuna - SPA decisão do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva de criar a Secretaria dos Portos para compensar o PSB de Ciro Gomes (CE), entregando a pasta ao ex-ministro da Integração Nacional, Pedro Britto, está provocando ruidosos protestos do PR (ex-PL). Em conversa com dirigentes do PMDB, na noite da última segunda-feira, Lula disse que não recuará da decisão, apesar da chiadeira do PR, que comanda o Ministério dos Transportes e não quer perder poder no latifúndio da Esplanada.
‘‘Eu estou criando, sim, a Secretaria dos Portos’’, afirmou Lula aos peemedebistas. ‘‘O Ministério dos Transportes é muito grande’’, emendou, ao comentar que o assunto referente a portos, por exemplo, deve sair da alçada da pasta para ser tratado pelo Planalto. O plano de Lula prevê que a nova secretaria seja vinculada à Presidência da República.
‘‘Se o presidente bater o pé, vai criar uma situação delicada para nós e para ele’’, protestou o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR). ‘‘O senador Alfredo Nascimento foi convidado para voltar a ser ministro dos Transportes, mas com um ministério inteiro, não dividido’’, completou, numa referência ao senador que já foi ministro e tem articulado a operação engorda do PR, com inúmeras filiações.
Castro disse que é ‘‘tecnicamente impossível’’ tirar a área de portos dos Transportes. ‘‘Isso não tem fundamento. Fica parecendo casuísmo’’, reclamou.
Enquanto o PR esperneia, os socialistas comemoram. Para o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), Lula está atuando para promover a paz na coalizão. ‘‘Nenhum partido pode chantagear o presidente’’, insistiu Casagrande. ‘‘O equilíbrio de forças é que dá estabilidade ao Governo. O presidente não pode contratar escândalos futuros.’’
A estocada de Casagrande tem endereço certo — o inchaço do PR, partido que quando se chamava PL esteve envolvido no escândalo do mensalão. Na operação engorda capitaneada por Nascimento, a bancada do PR pulou de 25 para 38 deputados, nos últimos dias. (Agência Estado)
Fonte: A Tribuna - SP
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