E&P

Presidente do IBP propõe ações para manter e ampliar produção nacional de óleo e gás

O Brasil precisa de uma P-50 por ano para manter a auto-suficiência. Para manter eficiência exploratória, o IBP propõe o fim do contingenciamento de recursos da ANP e simplificação do licenciamento ambiental e da cartilha de conteúdo local.


18/05/2006 00:00
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O Brasil precisa de uma P-50 por ano para manter a sustentabilidade da auto-suficiência. A afirmação foi feita pelo presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, durante o XVII Congresso Nacional dos Executivo de Finanças, realizado nesta quinta-feira (18/05) no Rio.

O executivo explica que a exigência deve-se ao declínio natural dos campos de produção que pode ser em torno de 10% após atingido o pico de produção. "Para uma produção em torno de 2 milhões de m³ por dia, o declínio deverá ser de cerca de 150 mil a 200 mil barris diários", calcula o executivo.

As observações de De Luca foram feitas no contexto de propostas do IBP para que o país continue uma trajetória de eficiência exploratória e incremente a produção de gás natural. Neste aspecto, ele criticou o contingenciamento de recursos para a Agência Nacional do Petróleo (ANP), apontando a excasses de verbas como fator que pode vir a dificultar a execução de novas rodadas de licitação. "A participação do capital internacional é importante para o setor e a tendência é de que no período de 2006 a 2010 essa participação chegue a 25% do mercado brasileiro de E&P, com investimentos de US$ 7,4 bilhões, contra US$ 28 bilhões (75%), que deverão ser investidos pela Petrobras", comenta.

O executivo também defende a simplificação do licenciamento ambiental, entre outros motivos, para evitar a perda de oportunidades de contratação de equipamentos de perfuração. Segundo explica, como o mercado está extremamente aquecido, está muito difícil e caro contratar estes equipamentos. As reservas são feitas com antecedência e os valores de uma sonda de perfuração, por exemplo, podem chegar a US$ 450 milhões por dia. Se há um atraso em função do licenciamento ambiental, as empresas perdem as reservas e têm seu planejamento totalmente desorganizado.

O executivo criticou, ainda, a complexidade da cartilha de conteúdo local adotada na Sétima Rodada de Licitações. Na opinião de De Luca, a cartilha chega a dificultar a apuração do conteúdo local.

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