No encontro, pesquisadores do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa da USP discutiram com autoridades do país a viabilidade de um projeto que busca produzir hidrogênio a partir do etanol
Redação TN Petróleo/AssessoriaO Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), instituição de pesquisa localizada na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), recebeu na última segunda-feira, 8 de maio, o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte. A visita se deu em função do projeto Ethanol-to-Hydrogen, que pretende desenvolver, de forma inovadora, hidrogênio, produzido a partir do etanol.
Rutte esteve acompanhado de uma comitiva de autoridades do governo holandês, como o conselheiro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Robert Thijssen, e de lideranças de multinacionais e institutos de pesquisas do país, que estiveram dispostos a ouvir sobre como eles poderiam contribuir com o projeto.
"É uma grande honra para o RCGI, ter sido um dos centros de pesquisa escolhidos para receber o primeiro-ministro durante a sua visita à USP, dentre tantos outros laboratórios que ele poderia ter conhecido na Universidade. Além de ter sido uma ótima oportunidade para fortificar nossos laços com os setores de governo, da indústria e da academia de um país extremamente relevante nos âmbitos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico", afirma o professor Bruno Carmo, vice-diretor científico do RCGI.
Realizado em parceria com a Shell, Hytron, Raízen e o SENAI CETIQ, além da EMTU e da Toyota, o Ethanol-to-Hydrogen está em sua primeira fase. Nesta etapa, que está prevista para ser concluída até 2024, o intuito é construir uma planta para a produção de hidrogênio renovável e uma estação de abastecimento na Cidade Universitária com capacidade para abastecer até três ônibus da USP e um carro leve cedido pela Toyota, o Mirai.
Para o professor Julio Meneghini, diretor-científico do RCGI, os benefícios do hidrogênio obtido através do etanol poderão ser superiores aos da locomoção via eletricidade. "O hidrogênio produzido através do etanol tem o potencial de apresentar uma pegada negativa de carbono. Ou seja, poderá ter uma pegada inferior àquela da produção de hidrogênio através da eletrólise com outras formas de energia limpa, tais como a energia eólica e a solar.".
O Brasil é considerado um país estratégico para o desenvolvimento dessa tecnologia por contar com um enorme potencial para a produção do etanol.
"Estamos entre os principais produtores desse biocombustível e nossa produção está crescendo cada vez mais, o que nos coloca em uma ótima oportunidade para sermos grandes produtores de hidrogênio renovável", afirma Meneghini.
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