<P>A ANTAQ, em parceria com a Diretoria de Infra-Estrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, realizou, na última sexta-feira (19), no auditório da Agência, em Brasília, uma reunião de trabalho para discutir a implantação da Hidrovia Tel...
AssessoriaA ANTAQ, em parceria com a Diretoria de Infra-Estrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, realizou, na última sexta-feira (19), no auditório da Agência, em Brasília, uma reunião de trabalho para discutir a implantação da Hidrovia Teles Pires-Tapajós. Durante a reunião, que contou com a participação de representantes de dois ministérios (Transportes e Agricultura), da Agência Nacional de Águas – ANA e IBAMA, entre outros órgãos governamentais, foi apresentado o projeto desenvolvido por um consórcio privado para implantação e operação da Hidrovia.
A reunião foi aberta pelo diretor da ANTAQ, Murillo Barbosa, que destacou a importância da hidrovia para o escoamento da produção agrícola na região centro-norte do Brasil, hoje da ordem de 27 milhões de toneladas, considerando apenas o Estado do Mato Grosso.
Barbosa também chamou a atenção para as vantagens econômicas e ambientais do transporte pela hidrovia como opção, mais cara, por rodovias e ferrovias na região. Na questão ambiental, ele mencionou o Naiades, programa da União Européia para incentivar o uso do transporte fluvial. “Nós temos que fazer o mesmo aqui, ou seja, reforçar o transporte hidroviário interior, investindo em intermodalidade”, afirmou.
PROJETO
Na seqüência, o presidente da empresa paranaense de máquinas agrícolas Montana, Gilberto Zancopé, fez uma apresentação do projeto elaborado pela companhia para implantação da hidrovia. Junto com a produtora de grãos Vanguarda, de Mato Grosso, e a transportadora Bertolini, a Montana integra o primeiro consórcio interessado em operar a hidrovia.
“O mais importante é que a hidrovia seja implantada, porque, mesmo que o governo federal não se decida pela sua concessão à iniciativa privada, todos sairemos ganhando”, declarou. De acordo com Zancopé, se a hidrovia for implantada, a expectativa é que se faça uma economia de um bilhão de reais por ano, que vão ficar no bolso do produtor em razão dos custos mais baixos desse modal de transporte.
Durante a reunião, também foi apresentada a parte técnica-ambiental do projeto. O engenheiro da EcoBr Engenharia Ambiental, consultoria contratada pelo consórcio, Antônio Carlos Iurk, estimou que as obras para implantação da hidrovia deverão consumir 200 milhões de dólares. Segundo ele, há sete projetos hidrelétricos com chances reais de saírem do papel na região, e o ideal é que a hidrovia seja implantada antes do início das obras de construção da primeira usina.
Segundo o engenheiro, além da compatibilização com a produção de energia, a viabilização da hidrovia vai requerer uma maior diálogo com o o Ibama e a Funai, pois na região existem cerca de 30 unidades de conservação (UCs) e 25 tribos e aldeias indígenas.
Quanto aos impactos ambientais, Iurk explicou que são maiores em São Luís, em razão das obras que precisam ser feitas naquela localidade. Contudo, observou que, mesmo assim, são bem baixos em relação aos impactos causados pela construção de uma rodovia, como opção para escoamento da produção agrícola da região.
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