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Segurança e estabilidade de navios é tema de conferência internacional promovida pela COPPE

<P>A COPPE e a SOBENA promovem, de 25 a 29 de setembro, a 9º Conferência Internacional sobre Estabilidade de Navios e Sistemas Oceânicos (International Conference on Stability of Ships and Ocean Vehicles) - STAB 2006.  Maior evento internacional na área de estabilidade e segurança de<BR>embarc...

Redação
19/09/2006 00:00
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A COPPE e a SOBENA promovem, de 25 a 29 de setembro, a 9º Conferência Internacional sobre Estabilidade de Navios e Sistemas Oceânicos (International Conference on Stability of Ships and Ocean Vehicles) - STAB 2006.  Maior evento internacional na área de estabilidade e segurança de
embarcações, o STAB 2006 reunirá cerca de 200 especialistas, oriundos de 25 países, que apresentarão ao todo 92 trabalhos técnicos. Coordenado pelo professor do Programa de Engenharia Oceânica da COPPE, Marcelo Neves, o evento será realizado no Hotel Glória, no Rio de Janeiro.

A abertura da conferência, que tem como objetivo discutir as mais recentes tecnologias de prevenção de emborcamentos e de acidentes, contará com a presença do Secretário-Geral da International Maritime Organization (IMO), Efthimios E. Mitropoulos. Órgão das Nações Unidas responsável pela regulamentação da segurança da navegação, a IMO vem atuando na revisão das
normas de segurança para a construção de embarcações e dos critérios de avaliação de acidentes.
Um dos destaques do evento será a revisão de acidentes famosos que propiciaram o aperfeiçoamento dos projetos de embarcações e mudanças no treinamento da tripulação. Um dos casos apresentados será o que envolveu o navio APL China, que, em 1998, quase afundou ao enfrentar uma tempestade
no Oceano Pacífico. O navio, um gigantesco porta-contentor de 262 m de comprimento, foi vítima de um fenômeno chamado ressonância paramétrica.

Trata- se do efeito causado pela ação frontal da onda sobre a embarcação. Além das grandes ondas que atingiram o navio, as formas de proa e popa do casco, quantidade de carga, velocidade e direção foram decisivos para provocar uma série de fortes oscilações que quase emborcou o navio, causando grandes prejuízos com a perda de carga. O APL China perdeu cerca de 800 dos 5 mil
contêineres que transportava.

Segundo o professor da COPPE, Marcelo Neves, a análise do caso permitiu mudanças no projeto de navios, indicando os modelos e embarcações e tipos de casco mais vulneráveis a esse tipo de acidente, além de propiciar o desenvolvimento de sistemas amortecedores mais eficazes.

A ressonância paramétrica era um fenômeno pouco estudado até então. Acreditava-se que o maior risco seriam as ondas de través, que atingiam as embarcações na lateral. Outra preocupação levantada com o acidente foi a preparação da tripulação a bordo, no sentido de evitar colocar o navio em posição de risco.

O evento é destinado a engenheiros navais, agências reguladoras, proprietários, armadores, consultores e operadores de navios e plataformas oceânicas.  Os interessados podem obter mais informações e a programação completa na homepage: http://www.oceanica.ufrj.br/stab2006.

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