Políticas de incentivos e geração de empregos e negócios foram destaque.
Redação TN Petróleo/Assessoria Smart Energy 2026As políticas públicas para ampliar o uso das energias limpas e sustentáveis foram o foco principal da Smart Energy 2025 – Conferência Internacional de Energias Renováveis, que contou com palestra de abertura do presidente da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, e outras autoridades do setor energético no país. O evento, promovido pela Fiep e pelo Tecpar e organizado pela Rede Paraná Tecnologia e Metrologia, ocorreu nos dias 10 e 11 em Curitiba, no Campus da Fiep.
O presidente da Aneel destacou a posição privilegiada do Brasil no cenário mundial: “Um número que nos traz muito orgulho é que 87% da nossa matriz elétrica é renovável, contra 28,1% da matriz mundial.” Apesar do exemplo brasileiro, Feitosa alertou que para o país manter a liderança na transição energética é preciso investir em mão de obra especializada. “Se não tivermos a qualificação necessária, os profissionais virão de fora e perderemos a chance de gerar novos e bons empregos”, afirmou.
O painel “Caminhos para um Setor Integrado e Resiliente” debateu a transição energética com a presença do diretor financeiro da Itaipu, André Pepitone; do presidente da Eletrobras CGT Eletrosul, Cleicio Martins; e de Jayme Darriba Macedo, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A mediação foi de Sandro Vieira, da Superintendência-Geral de Gestão Energética (Supen), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento do Paraná.
Pepitone ressaltou a evolução do papel da Itaipu: “No passado, nossa relevância estava na garantia de grande parcela da energia consumida no país. Hoje, exercemos papel fundamental para a segurança operativa do sistema, garantindo potência e energia nos momentos de intermitência das fontes eólica e solar.”
Sandro Vieira lembrou que o Paraná possui 98% de sua matriz renovável e está pronto para avançar. “Estamos buscando o que chamamos de transição energética 2.0, relacionada a um grande ativo do estado, que são os setores agropecuário, sucroenergético e de proteína animal, com uso da biomassa para biogás ou biometano”, explicou.
O diretor de Novos Negócios e Relações Institucionais do Tecpar, Celso Kloss reforçou a importância da conferência. “Trazer um evento dessa magnitude para Curitiba aproxima pequenas e médias empresas das soluções tecnológicas já disponíveis ou em fase de desenvolvimento. Muitas vezes, esses empreendedores não têm condições de ir para o Rio de Janeiro ou São Paulo para obter essas atualizações”, observou.
O Smart Energy 2025 contou ainda com Feira de Negócios, Fórum Eficiência Energética, que apresentou cases de mercado e promoveu network, e lançamento de edição especial da Revista Smart Energy: https://smartenergy.org.br/wp-content/uploads/2025/09/RevistaSmartenergy-Edicao-Especial-2025.pdf
Para 2026, a conferência já tem data confirmada e voltará a ser realizada em três dias: de 21 a 23 de setembro. “Chegando à nona edição, a conferência se fortalece como um evento tradicional sobre energias renováveis. É um espaço para debater, fomentar ideias e gerar negócios”, enfatizou a superintendente da Rede Paraná Tecnologia e Metrologia, Iramar Severiano.
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