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SuapeA Mhag Serviços e Mineração deu início ao embarque de minério de ferro para a Arábia Saudita, nesta quarta-feira, no Complexo Industrial Portuário de Suape. A empresa tem programado cinco embarques, o que corresponde a um total de 63 mil toneladas. Somente neste primeiro foram exportadas 15 mil toneladas, a partir de 800 toneladas/hora.
“O embarque consolida um incremento no volume de receitas do porto, chegando a uma média de 350 mil reais por navio”, afirmou o vice-presidente Executivo de Suape, Sidnei Aires, que acompanhou o embarque juntamente com João Poggi Neto, diretor de Gestão Portuária, e Homero Bittencourt, diretor de Planejamento e Urbanismo de Suape.
Atualmente, a empresa possui cerca de 100 toneladas de minério de ferro estocado na área de processamento da jazida Pico do Bonito, localizada no povoado de Mutamba, em Jucurutu, no Rio Grande do Norte. Pinheiro revela ainda que está armazenada no Porto de Suape uma sobra de 20 mil toneladas da primeira operação de exportação que aconteceu no segundo semestre do ano passado para a siderúrgica chinesa Hi Xin. “As exportações terão reinício quando outras 55 mil toneladas forem transportadas até o complexo e, assim, complementar o volume de 75 mil toneladas acordado com os chineses”, diz. Com a regularização dos embarques, a expectativa é que as cargas saiam de Suape a cada 45 dias.
Com o crescimento da procura pelo minério de ferro, a Mhag pretende ampliar a exploração da mina de Jucurutu, das atuais 100 mil para 600 mil toneladas. A empresa deverá apresentar nos próximos 30 dias um projeto junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a parceiros internacionais, onde solicita o financiamento de até US$ 40 milhões. “Precisamos ampliar os volumes por conta da atual demanda pelo minério. Tanto para melhorar as nossas exportações, como também pelas perspectivas do mercado interno. O Ceará vai receber uma siderúrgica e também existe procura na área de ferro gusa”, afirma o presidente da Mhag, Pio Sacchi.
Sacchi reconhece que a capacidade atual de operação da empresa atende com uma pequena folga o contrato firmado com a chinesa Hi Xin. Essa meta de ampliação se deve também pelos planos da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) em construir um terminal de granéis sólidos, que será instalado a três quilômetros do Terminal Salineiro de Areia Branca. O terminal está orçado em cerca de US$ 120 milhões.
Atualmente, o minério extraído em Jucurutu, no Rio Grande do Norte, faz o percurso através de caminhões com capacidade de armazenar 50 toneladas até Juazeirinho (PB). Neste ponto é feito o transbordo para os vagões dos trens da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), que segue até o Porto de Suape. Um terminal graneleiro no Rio Grande do Norte reduziria em mais de 400 quilômetros a distância percorrida atualmente diminuindo os custos com logística e armazenagem. “Não pensamos em desistir da operação onde já investimos mais de R$ 20 milhões na construção de um terminal próprio. A entrada no projeto deste terminal, através de uma Parceria Público e Privada (PPP), como proposto pela Codern, garantiria uma rota a mais para escoar nossa produção. Hoje, a Companhia Ferroviária do Nordeste só nos possibilita operar um teto máximo de 200 mil toneladas mensais”, afirma Sacchi.
A previsão é de que o projeto executivo do terminal comece a ser elaborado no segundo semestre deste ano, com capacidade estática de 500 mil toneladas, conta o presidente da Codern, Renato Fernandes.
Novas oportunidades de trabalho - Para viabilizar a operação de embarque, o Governo do Estado e o Porto de Suape intermediaram um acordo entre o Sindicato dos Estivadores dos Portos de Pernambuco com a Mhag, para a mineradora contratar trabalhadores portuários. “Para viabilizar a operação, foi fechado um acordo de utilização de mão de obra avulsa portuária, abrindo uma nova oportunidade de emprego e renda para a classe trabalhadora portuária. Foram abertos aproximadamente 150 novos postos de trabalhos” afirmou Sidnei Aires.
Para o presidente do Sindicato dos Estivadores dos Portos de Pernambuco, Josias Santiago, o acordo representou um marco para o sindicato, que demonstrou a viabilidade de contratar trabalhadores avulsos. “O Sindicato agradece ao Governo do Estado que, por meio de Suape, vem viabilizando acordos entre a classe dos trabalhadores portuários e as empresas instaladas no complexo” afirmou Santiago.
Fonte: Suape
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