<P>A empresa Coopercarga planeja ampliar em cerca de 40% a movimentação de contêineres no seu terminal retroportuário em Guarujá até o final do próximo ano. O crescimento será ocasionado principalmente por obras de expansão já em andamento e pela transformação da unidade em Recinto Espec...
A TribunaA empresa Coopercarga planeja ampliar em cerca de 40% a movimentação de contêineres no seu terminal retroportuário em Guarujá até o final do próximo ano. O crescimento será ocasionado principalmente por obras de expansão já em andamento e pela transformação da unidade em Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), recém-autorizada pela Receita Federal.
Instalada desde setembro do ano passado na Margem Esquerda do Porto de Santos, a Coopercarga fica em Vicente de Carvalho, às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. Até o fim do mês passado, o terminal atuava apenas como um depósito de contêineres. Agora, após receber a licença de Redex da Receita Federal, a operadora poderá armazenar e estufar os cofres, além de fazer o desembaraço das mercadorias no próprio terminal.
‘‘Antigamente, nós precisávamos mandar os contêineres com antecedência para o terminal portuário para que fosse feita a presença de carga. Com a licença de Redex, não. Hoje podemos fazer esse serviço, ganhando tempo e produtividade e reduzindo custos em escala ao nosso cliente’’, ressaltou o coordenador de terminais da Coopercarga, André Stern.
Com liberdade para oferecer serviços voltados à exportação, a operadora colocará seus esforços para a ampliação do terminal. Localizada em uma área de 80 mil metros quadrados — porém, só 45 mil metros quadrados são operacionais hoje — a empresa tem capacidade estática para armazenar até 4 mil Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
A partir de janeiro do próximo ano, quando entrarão em operação mais 18 mil metros quadrados, a Coopercarga será capaz de abrigar simultaneamente 5 mil Teus. Até o final do ano, com a entrega de mais 17 mil metros quadrados, o potencial saltará para 7 mil unidades.
Atualmente, a instalação retroportuária tem somente 120 tomadas para contêineres reefers (refrigerados). Quando a obra for concluída, haverá 240 — o dobro — disponíveis.
A capacidade projetada vai permitir que a operadora amplie sua movimentação anual de 60 mil Teus para próximo a 84 mil Teus, um acréscimo de 40%.
Segundo Stern, a ampliação da unidade custará entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões. Desde que chegou à região, a empresa já aplicou mais de R$ 7 milhões na implantação do novo Redex.
O sonho dos dirigentes da Coopercarga é transformar o terminal retroportuário em um Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia), nova denominação dos portos secos. Os Clias são unidades que armazenam cargas para todos os fluxos enquanto o processo aduaneiro é finalizado e também podem abrigar indústrias com isenção de impostos para exportação.
‘‘Digamos que ser um Redex é o nosso primeiro degrau, o primeiro passo enquanto a legislação não permite ser um Clia, que é o que nos interessa. Infelizmente não conseguimos aproveitar a Medida Provisória (MP) 320 — rejeitada pelo Senado — que abria para novos clias, mas esse é o nosso grande sonho’’, contou o coordenador de terminais.
Fonte: A Tribuna
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