<P>Depois de anos adotando política de afretamento de navios, a Companhia Vale do Rio Doce começa a rever sua estratégia na área de cabotagem: a empresa deu entrada no Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (FMM) com pedido de financiamento para a construção de cinco embarcações porta...
Jornal do CommercioDepois de anos adotando política de afretamento de navios, a Companhia Vale do Rio Doce começa a rever sua estratégia na área de cabotagem: a empresa deu entrada no Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (FMM) com pedido de financiamento para a construção de cinco embarcações porta-contêineres. Informações dão conta de que o financiamento é de US$ 350 milhões, que de acordo com as regras do fundo, podem ser financiados em até 20 anos.
Para que o financiamento seja aprovado, o projeto precisa ser avaliado durante reunião do conselho do FMM, ainda sem data para se realizada. Nesta ocasião, os membros do conselho analisarão se o projeto é prioritário.
Em caso positivo, o que é esperado, o pedido de crédito é encaminhado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor dos recursos do fundo. A instituição avalia a solvência e as garantias da empresa solicitante, neste caso a Docenave, subsidiária da área de logística de navegação da Vale.
O financiamento do FMM é feito com taxa de 2,5% a 5,5% ao ano, mais correção pela TJLP ou de variação cambial. Entre as exigências para o financiamento está a de que as embarcações sejam construídas no Brasil. Desta maneira, estariam preparados para receber os pedidos os estaleiros Mauá-Jurong, Eisa, RioNaval e Atlântico Sul. O único empecilho seria o fato de que todos encontram-se abarrotados de pedidos dos cargueiros da Transpetros e de plataformas da Petrobras.
Atualmente, a Docenave opera com cinco navios afretados da Frota Oceânica, que opera cabotagem. A frota própria da empresa - de três navios - é antiga, com mais de 18 anos de operação, e, segundo já declarou o próprio presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, a idéia é vendê-los.
A empresa terá de esperar para ter o projeto aprovado, isto porque a próxima reunião do conselho do fundo só deve ocorrer depois que o presidente Lula decida os nomes para os ministérios. O FMM está sob o escopo do Ministério dos Transportes.
Os recursos do fundo são formados a partir da cobrança de uma taxa de 10% sobre os embarques de cabotagem e de 25% nas operações de longo curso. A Docenaveopera desde a sua criação, em 1962, nas áreas de transporte marítimo e apoio portuário.
Com o objetivo de ter maior flexibilidade em suas operações internacionais, a empresa criou, em 1967, a Seamar Shipping Corporation, sediada na Libéria e gerenciada integralmente no Brasil pelo Grupo Docenave.
Atualmente, a subsidiária opera, além dos navios, uma frota de 19 rebocadores, com potência para atendimento a navios graneleiros de grande porte. Os rebocadores estão aptos, também, a atender operações de salvatagem de navios, em qualquer porto do Brasil.
Fonte: Jornal do Commercio
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