Redação TN Petróleo/Assessoria
As empresas começaram a utilizar máquinas mais sustentáveis, veículos menos poluentes e processos operacionais mais ecológicos para reduzir a sua produção. Com o aumento da preocupação dos consumidores com o aquecimento global, a segurança ambiental e o impacto social, organizações adotam estratégias alinhadas com suas aéreas de pesquisas, que começam a trabalhar intensamente para descobrir como a adoção de estratégias sustentáveis pode reduzir os efeitos estufa e as emissões de carbono no ambiente.
O Relatório da Comissão Mundial sobre o Ambiente e Desenvolvimento mostra que o nosso futuro comum criou a definição universalmente aceita de desenvolvimento sustentável, que considera, para além dos lucros e perdas, a manutenção dos valores sociais e ambientais.
Neste ponto a cadeia de suprimentos se torna protagonista com o objetivo de equilibrar o fator econômico com a sustentabilidade em suas operações e de seus fornecedores.
O que torna a cadeia de suprimentos sustentável varia muito entre empresas, produtos e processos. De maneira geral, é importante que as empresas examinem cada estágio de sua cadeia de suprimentos e considerem as eficiências que podem ser implementadas. Infelizmente, isso pode ser um desafio para as empresas que terceirizam se as empresas com as quais trabalham não são totalmente transparentes com suas medições e relatórios.
Existem várias maneiras pelas quais uma empresa pode reduzir a pegada de carbono em suas cadeias de suprimentos, desde como gerencia o transporte e o manuseio até os materiais que usa na embalagem.
Uma pesquisa da Forbes descobriu que os contêineres que navegam pelos oceanos da Ásia estão 24% vazios. Isso significa que todos os anos cerca de 61 milhões de contêineres são transportados desnecessariamente, custando dezenas de bilhões de dólares e emitindo aproximadamente 122 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Perguntas como: “A embalagem é realmente adequada para o produto que estamos enviando?” começam a ficar cada vez mais importantes nos projetos de transportes das empresas.
Embalagens que utilizam papelão ondulado começam ser uma alternativa mais rentável que o plástico - as emissões da produção e incineração de plásticos podem representar 56 gigatoneladas de carbono até 2050, de acordo com o Centro de Direito Ambiental Internacional.
Empresas como Klabin, Suzano e Bracel, grandes produtoras de embalagens para todos os setores de produção, entraram nesta equação ao adotar matérias renováveis em suas operações, oferecendo aos clientes melhores opções sustentáveis, desenvolvendo uma economia circular de baixo impacto de carbono em demandas que estão em constantes transformações.
Outras ações pelo desenvolvimento de projetos para a geração de créditos de carbono e ações para redução de emissões de gases de efeito estufa começam a ser destaques em fóruns importantes da indústria, como o Energy Forum, evento realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP). Nesta oportunidade, lideranças do setor de energia reuniram-se para discutir a importância das agendas ESG para o desenvolvimento estratégico e sustentável de suas companhias.
Processos de medições e análise começam a ser cada vez mais exigidos para melhorar a pegada de carbono da cadeia de suprimentos, sendo que apena 25% das empresas dizem envolver seus fornecedores em esforços para reduzir as emissões. Para gerenciar a pegada de carbono é necessário medir o impacto de diferentes etapas da cadeia de suprimentos e projetar onde as eficiências de tais valores podem ser criadas.
Nações ao redor do mundo estão pressionando para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos próximos anos. E está claro que as empresas que adotarem práticas sustentáveis em suas cadeias de suprimentos serão líderes na crescente economia sustentável.
Sobre o autor: Alexandre do Valle é PhD na área de engenharia de suprimentos com foco em projetos digitais pela Universidade Federal Fluminense. Mestrado em tecnologia de Blockchain com foco em ferramentas e processos de digitalização para a cadeia de suprimentos. Pós-graduação em Gestão de Projetos pela Universidade Federal Fluminense e MBA em Projetos de Energia e ESG pela COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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