<P>Além disso, o presidente da ABTP, Wilen Manteli, afirma que o setor produtivo gaúcho é impactado devido a uma má gestão do porto do Rio Grande e à deficiência da infra-estrutura portuária.<BR><BR>Manteli participou ontem de reunião conjunta da ABTP, Grupo de Temática de Logística do Co...
Jornal do Commercio(POA)Além disso, o presidente da ABTP, Wilen Manteli, afirma que o setor produtivo gaúcho é impactado devido a uma má gestão do porto do Rio Grande e à deficiência da infra-estrutura portuária.
Manteli participou ontem de reunião conjunta da ABTP, Grupo de Temática de Logística do Conselho de Infra-Estrutura (Coinfra) e do Conselho do Meio Ambiente (Codema) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). O dirigente aproveitou a ocasião para defender que seja adotado na hidrovia gaúcha um modelo já implementado nas rodovias. A idéia é licitar trechos do rio para que empresas privadas façam a dragagem e cobrem pedágios das embarcações.
No entanto, a necessidade da dragagem do rio Gravataí foi mais destacada no encontro de ontem devido ao caráter de urgência. O dirigente da ABTP relata que as empresas de navegação do Estado não conseguem utilizar a capacidade máxima de seus navios devido à falta de dragagem.
Basta ao governo (estadual) autorizar que os terminais localizados naquele trecho do Rio Gravataí fazem a dragagem, afirma Manteli. Entre as empresas que têm interesse na navegação pelo rio Gravataí estão Adubos Trevo, Petrobras, Merlin e Oleoplan. Segundo Manteli, o investimento necessário para realizar a dragagem é estimado em cerca de R$ 1,6 milhão. Ele informa que as empresas já repassaram os recursos para o governo estadual. O que não pode acontecer é ficar um jogo de empurra entre a SPH (Superintendência de Portos e Hidrovias) e a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), diz Manteli.
Fosse da iniciativa privada ou do Estado a responsabilidade da dragagem, de qualquer forma, ainda seria necessária a liberação da Fepam, responde o diretor-superintendente da SPH, Roberto Carlos Hallal da Silva. Deverão ser dragados cerca de 150 mil metros cúbicos de sedimentos no rio Gravataí. Conforme o dirigente da SPH, a dragagem deve levar cerca de seis meses para ser concluída a partir do início das operações.
O diretor-técnico da Fepam, Jackson Müller, informa que o depósito dos sedimentos retirados do Gravataí e a qualidade da água são temas que implicam muitos cuidados. Ele acredita que até o final de agosto a avaliação do processo de dragagem possa ser concluída. Além da operação no rio Gravataí, a dragagem do canal de acesso ao porto do Rio Grande também é uma questão que preocupa a ABTP. Manteli revela que em um terminal de Rio Grande, neste primeiro semestre, oito navios registraram um atraso de 486 horas em suas movimentações porque não puderam realizar as operações com a maré baixa. A estagnação resultou num prejuízo de R$ 8,5 milhões.
Fonte: Jornal do Commercio(POA)
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