A Colômbia deverá ser o próximo país com quem o Brasil poderá adotar medidas de integração energética. Depois da usina hidroelétrica de Itaipu com o Paraguai e do Gasoduto Brasil-Bolívia, os dois países assinaram em setembro um memorando de entendimentos onde os dois governos poderão promover medidas para integrar a produção de energia nos países.
Segundo o diretor de Energia do Ministério de Minas e Energia da Colômbia, Andrés Velásquez, essas iniciativas deverão ficar no campo de biocombustíveis, uma vez que a integração física é dificultada pela existência da Amazônia entre os dois países. Por causa dessa barreira natural há dificuldades ambientais que inviabilizam qualquer ligação direta como um gasoduto ou linha de transmissão.
"Uma alternativa seria a construção de uma linha de transmissão para o Brasil passando pelo território do Peru", apontou ele. De acordo com Velásquez, um dos desafios na área energética de seu país é estimular o consumo de energia, pois atualmente a Colômbia vive um cenário de sobreoferta de energia apesar de ter apenas 10 mil MW de potência instalada de hidroeletricidade ante um potencial estimado em 93 mil MW. Uma forma de estimular essa demanda seria a de atrair novos investimentos de empresas energointensivas, como mineradoras e siderúrgicas.
Inauguração
No Brasil, a usina Foz do Chapecó (855 MW), em Santa Catarina entrou em operação comercial. A hidrelétrica tem como sócias a CPFL Geração (51%) Furnas (40%) e CEEE - Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (9%).