Reuters
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lançou nesta quarta-feira (29/06) um plano de aliança energética para o Caribe, que prevê o fornecimento de petróleo mais barato para seus vizinhos, incluindo Cuba, em um desafio à influência dos Estados Unidos na região.
Chávez, acusado por seus inimigos de utilizar a enorme riqueza de petróleo e gás natural da Venezuela como uma arma política para ganhar simpatizantes na região, disse que quer compartilhar o reservatório energético venezuelano não somente com os Estados Unidos - para quem exporta 1,5 milhão de barris de petróleo por dia -, mas com outros países do planeta.
O presidente utilizou a reunião da cúpula de petróleo caribenha, que acontece em Puerto La Cruz, na Venezuela, para atacar novamente o governo dos EUA. E em mais um desafio a este país, o principal comprador de petróleo venezuelano, Chávez disse que a "Venezuela quer compartilhar... seu potencial energético e não estar seqüestrado pelo norte."
Presidentes e altos funcionários de 15 países do Caribe, além da Venezuela, estão reunidos no I Encontro Energético de Chefes de Estado e/ou de Governo do Caribe.
A Petrocaribe, denominada por Chávez como uma organização e um plano estratégico que tem como pivô a Venezuela, projeta a integração na exploração, produção, refino, transporte, armazenamento, comércio, fornecimento e cooperação tecnológica.
A proposta venezuelana também contempla a criação de um fundo de financiamento e desenvolvimento para os países signatários -- chamado "ALBA-Caribe" -- que começaria com um capital de 50 milhões de dólares aportados pela Venezuela.
O acordo também prevê dois anos para o pagamento da fatura de petróleo dos beneficiários e preços diferenciados no caso de serem firmadas alianças para o intercâmbio de bens e produtos. Além disso, a iniciativa propõe o fornecimento direto de petróleo e derivados para evitar os custos de intermediários e fretes e planos de financiamento de acordo com a evolução dos preços de petróleo.
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