Transição Energética

Como evitar problemas na transição para o Mercado Livre de Energia

De acordo com Nahima Razuk, advogado do escritório Razuk Barreto Valiati, o Ambiente de Contratação Livre requer orientações e cuidados para garantir a economia para os clientes em alta tensão.

Redação TN Petróleo/Assessoria
27/05/2024 13:01
Como evitar problemas na transição para o Mercado Livre de Energia Imagem: Divulgação Visualizações: 443 (0) (0) (0) (0)

O Mercado Livre de Energia encerrou 2023 com 38.531 unidades consumidoras, o que representa um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Embora as empresas que negociam energia neste ambiente representem menos de 1% do número de unidades consumidoras do país, elas responderam por cerca de 40% do total da energia consumida no Brasil, segundo as informações da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). No país, é possível receber energia de duas formas: no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

O Ambiente de Contratação Regulada (ACR) é formado pelos consumidores de energia residencial e de organizações de pequeno porte em baixa tensão, fornecida pela distribuidora de acordo com a localização do consumidor. Trata-se de um ambiente controlado, com preços regulados baseados na cor das bandeiras tarifárias.

No Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado Livre de Energia, os consumidores negociam livremente as condições de compra de energia elétrica direto com as geradoras ou comercializadoras. Assim, no caso de os consumidores se adequarem aos parâmetros mínimos, eles podem negociar de quem comprar eletricidade e em quais condições. Em 2023, mais de 7 mil empresas decidiram ingressar neste mercado.

Entre as condições passíveis de negociação, estão o preço e as condições de pagamento, as datas e os índices de reajustes, a quantidade de energia e a forma de envio e até mesmo a origem da energia contratada – hidrelétrica, eólica, solar, entre outras. "O Mercado Livre se difere do mercado regulado, oferecendo mais liberdade e vantagens aos consumidores, que podem firmar contratos de curto, médio ou longo prazo", explica Nahima Razuk, sócia do escritório Razuk Barreto Valiati.
 

Uma corrida para o Mercado Livre
Apenas entre janeiro e fevereiro de 2024, outras 19 mil empresas já informaram as distribuidoras de energia sobre a migração para o Mercado Livre. A maior parte das empresas que migraram visa reduzir os custos, além de adequar o fornecimento e consumo de energia às estratégias de sustentabilidade. As estimativas são de que, no ano de2023, o ACL tenha obtido uma economia de R$ 48 bilhões em comparação ao ACR. Desde 2003, a perspectiva é que a redução de custos esteja na ordem de R$ 339 bilhões, de acordo com a ABRACEEL.

Essa corrida para a transição é consequência de uma mudança na legislação. A Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, deu mais liberdade na escolha do fornecedor de energia, autorizando os consumidores em alta tensão a migrarem para o ACL. Com essa mudança, as projeções são de que mais de 160 mil negócios passaram a se enquadrar neste perfil, podendo requerer uma transição em seu fornecimento.

"Algumas estimativas projetam que os contratos bem amarrados podem se reverter em uma economia de até 30% no Mercado Livre em relação ao mercado regulado. Com esse objetivo em mente, muitos negócios estão avaliando e tomando a decisão de fazer a migração neste ano", observa Nahima.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Meio ambiente
Petrobras lança ferramenta digital que incentiva o abati...
12/08/24
Fenasucro
Futuro da bioenergia e agenda ESG serão os focos da prog...
08/08/24
RenovaBio
RenovaBio: aprovada revisão de resolução sobre metas ind...
08/08/24
Tecnologia e Inovação
CIMATEC, PETROBRAS e startup francesa SP3D unem forças p...
08/08/24
Reputação
90% dos brasileiros afirmam que Responsabilidade Social ...
06/08/24
DIVERSIDADE E INCLUSÃO
Diversidade e inclusão ainda é um desafio nas empresas, ...
05/08/24
Saúde Mental
PUCRS e Universidade do Canadá lançam programa de promoç...
05/08/24
Cidades Sustentáveis
Eletrificação dos ônibus: o caminho para cidades mais su...
02/08/24
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana anuncia participantes da Rota da In...
01/08/24
Pessoas
Órigo Energia reforça diretoria com chegada de três novo...
31/07/24
Evento
Setor de energia busca reduzir impacto das mudanças clim...
30/07/24
Financiamento
Chmada aberta para projetos de descarbonização industrial
30/07/24
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana neutraliza emissões de CO₂ em parce...
30/07/24
Diesel
Rejeitos do agro geram energia e substituem diesel
29/07/24
Responsabilidade Social
Transpetro implanta salas de apoio à amamentação nas sua...
29/07/24
Energia Eólica
Com 19.028 MW na geração eólica instantânea, Nordeste ba...
29/07/24
Pessoas
Rafael Valverde assume a diretoria da SOWITEC no Brasil
29/07/24
Combustíveis
Petrobras realiza comercialização de bunker com conteúdo...
26/07/24
Fenasucro
Brasil terá 20 novas biorrefinarias de etanol de milho n...
22/07/24
Etanol
Anidro cai 0,98% após 5 semanas em alta; hidratado fecha...
22/07/24
Petroquímica
Petrobras e Braskem concluem testes de produto químico c...
19/07/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.